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Festivais

2º Recifest (2014)

Diversidade sexual é o foco do festival

Por Luiz Joaquim | 11.11.2014 (terça-feira)

Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros, e não apenas estes, ganham de hoje a sábado (15) um bom motivo para ir ao cine São Luiz. É quando acontece o 2º Recifest: Festival de Cinema da Diversidade Sexual. Com o lapso de eventos como estes desde que a itinerância da mostra paulistana “Mix Brasil” (hoje em sua 22ª edição) deixou de circular por aqui, o Recifest passou a penetrar desde 2013 uma lacuna recifense cuja demanda cultural é crescente.

Mais caprichado, este segundo Recifest contou com a curadoria de luxo de Hilton Lacerca com a professora Alice Gouveia. Para a abertura, logo mais às 19h30, a apresentação da Orquesta de Sinos: Grupo Txaimus, do Departamento de Música da UFPE, será seguida pela exibição do longa-metragem paulista “São Paulo Hi-FI”, de Lufe Steffen. Nele, conhecemos sobre as noites gays da megalópole entre os anos 1960 e 1980, com os transformistas das casas noturnas que marcaram aquelas décadas; destacando ainda as dificuldades impostas pela ditadura e a explosão da Aids.

“Nesta segunda edição, os longas apontam naturalmente para o documentário, o que nos encanta, pois são instrumentos importantes para o registro da memória. E neste arco de programação e de homenagem, a família surge como tema recorrente: os direitos, as conquistas, os avanços. O festival serve como um canal para apresentar e amplificar essa realidade”, diz a orgnização do evento, nas vozes de Rosinha Assis e Clara Angélica.

Sempre abrindo com uma performance – Isabelle Gusmão amanhã e Henrique Celibi na quinta e sexta-feira -, as sessões serão apresentadas pelo artista plástico Aslan Cabral e a empresária Maria do Céu. Além de sessões hor-concours – de curtas-metragens estrangeiros e a mostra “DIV.A: Diversidade em animação” (ambos amanhã), compõem este 2º Recifest uma competição de curtas pernambucanos (na quinta-feira) e nacionais (na sexta-feira).

A partir do tema “Família”, desta 2ª edição, o festival ainda homenageia o movimento Mães Pela Igualdade e mostra uma exposição de fotos no mezanino do Cinema São Luiz. E às 9h30 da quinta-feira (na rua Afonso Pena, 249, Boa Vista), acontece também um debate com as professoras de direito Carolina Ferraz e Maria Rita Holanda, os cineastas argentinos Rodolfo Moro e Marcos Duszczak, além de um representante do Ministério Público de Pernambuco e Dona Eleonora Pereira (Mães Pela Igualdade).

Moro e Duszczak, à propósito, vêm ao Recifest também para apresentar seu longa-metragem “Famílias por Igual”, (Arg., 2013) – filme que exibe após a cerimônia de premiação, marcada para iniciar às 19h30 do sábado (15). No documentário argentino conhecemos famílias compostas por dois homens ou duas mulheres, além de jornalistas, psiquiatras e advogados. Os personagens são entrevistados sobre os direitos das famílias homoparentais.

DIV.A – O programa DIV.A apresenta nove curtas em técnicas como stop-motion e 3D, de seis países. É um recorte do festival homônimo que há seis anos acontece no Rio de Janeiro. Além do DIV.A, também na quarta-feira, serão exibidos quatro curtas estrangeiros em parceria com o Rio Gay Festival. A seleção é do curador Alexander Mello.

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