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Festivais

17ª Expectativa / Retrospectiva (Fundaj)

O natal cinematográfico da Fundaj

Por Luiz Joaquim | 04.12.2014 (quinta-feira)

Dizem que o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco oferece a melhor programação de cinema do Recife. Com a divulgação ontem das atrações da 17ª edição da mostra “Expectativa / Retrospectiva”, que inicia hoje oferecendo a exibição de 62 filmes (53 longas-metragens e nove curtas) até 21 de dezembro, o espaço parece comprovar aquele rumor quase que cientificamente. E não apenas pelos números impressionantes, mas também pelo elenco de títulos variados – sendo 16 inéditos na cidade – que compõem a produção da mostra.

Entre aqueles que estreiam no Brasil apenas em 2015, alguns são quase que obrigatórios para quem quer estar atualizado com o que de melhor se produz no mundo. A começar pelos dois concorrentes em Cannes, o atordoante “Acima das Nuvens” – com o embate de interpretação entre Juliette Binoche, Kristen Stewart e Chloë Grace Moretz pelas mãos do diretor Olivier Assayas; e o sueco “Força Maior” (já apresentado como 7º Janela com o nome “Turistas”).

Do Festival de Berlim vem o argentino “Bem Perto de Bueno Aires”, sobre a paranoia em função da violência vivida pela população de um condomínio fechado. Do Festival de Veneza, “Nós Somos as Melhores”, de Lukas Moodysson, sobre três adolescentes de 12 anos que montam uma banda punk. Já “O Abutre”, com Jake Gyllenhaal interpretando um jornalista inescrupuloso, lhe rendeu suspeitas de indicações ao Oscar 2015. Quando exibido no Festival de Toronto, o filme foi aplaudido de pé por longos minutos.

Lembrado pela crítica na última Mostra de São Paulo, será exibido “Retorno a Ítaca”, de Laurente Cantent (de “Entre os Muros da Escola”). A ficção é sobre o retorno a Cuba de um exilado após 16 anos vividos na Espanha. No elenco a estrela cubana Jorge Perrugorria. Há também joias desconhecidas como o argentino “O Crítico”, sobre um crítico de cinema que se apaixona e tenta a todo custo evitar os clichês do amor; “O Fio de Ariane”, novo trabalho de Robert Guédiguian com sua musa Ariane Ascaride; e o divertido israelense “Cupcakes: Música e Fantasia”, de Eytan Fox (de “Bubble).

Clássicos obrigatórios também aparecem como novidade: “O Pequeno Fugitivo” – conhecido como o filme norte-americano de 1953 que influenciou Truffaut e a Nouvelle Vague -, e o primeiro longa-metragem de Cláudio Assis (exibido em 35mm), “Amarelo Manga” (2002); além dos dois Hitchcock: “Os Pássaro” e “Um Corpo que Cai”.

Assim como “Amarelo Manga” outras 11 sessões serão seguidas de debate pelos seus realizadores/roteiristas. São elas “Tatuagem” (amanhã); “Morros dos Prazeres” (segunda, 8); “Brasil S/A” (quinta, 11); “Até que a Sbórnia nos Separe” (sexta, 12); curtas de Rodrigo John (sábado, 13); “Prometo um Dia Deixar esta Cidade” (segunda, 15); “A História da Eternidade” (terça, 16); “Depois da Chuva” (quarta, 17); “Permanência” (quinta, 18), e o especialíssimo “Batguano” (sexta, 19) do paraibano Tavinho Teixeira, sobre o sexagenário casal Batman e Robin, vivendo deprimidos e cansados um do outro num futuro próximo.

Hoje, a mostra oferece uma sessão às 20h com os curtas pernambucanos “Loja de Répteis”, “João Heleno dos Brito”, “História Natural”, “Sem Coração” e “Recife, Cidade Roubada” também seguida de debate.

REVISÃO – Para também (re)ver com prazer na 17ª Expectativa/Retrospectiva estão “Ninfomaníaca”, “Garota Exemplar”; “Grande Hotel Budapeste”; “Jersey Boys”; “No Limite do Amanhã”; “Praia do Futuro”; “Sob a Pele”; “Até o Fim”; “O Lobo de Walt Street”; “Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” e mais outros 19 longas-metragens.

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