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Festivais

72º Globo de Ouro (2015) – cerimônia

Dia de definições douradas

Por Luiz Joaquim | 11.01.2015 (domingo)

A página na internet da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA) – que promove hoje a 72ª edição do Globo de Ouro – chama a atenção para o fato de que o tempo é o da realidade, uma vez que quatro das cinco obras indicadas a melhor filme dramático neste 2015 são baseadas em histórias reais.

São eles “Foxcather: Uma História que Chocou o Mundo” (estreia 29/01); “O Jogo da Imitação” (29/01); “A Teoria de Tudo” (sem data no Brasil); e “Selma” (25/01). O que corre por fora é “Boyhood: Da Infância da Juventude” (em cartaz), de Richard Linklater, que conta a história do crescimento de um garoto, tendo sido filmado durante 12 anos.

Com o jantar/cerimônia de premiação transmitida no Brasil com exclusividade pelo canal pago TNT, a partir das 22h (horário do Brasília); vale lembrar que o Globo de Ouro premia produções cinematográficas e televisivas. Sendo que, no cinema, os filmes são divididos nas categorias drama e comédia/musical.

Estampando destaque para os filmes dramáticos, a HFPA reforça a posição privilegiada em sua hierárquica para tal segmento, mesmo com a informação de que um título cômico – “Birdman (ou A Inesperada Virtude da Ignorância)” – é o que chama mais atenção na mídia, uma vez que está lá com sete indicações.

“Birdman” fala de um ator decadente lembrado por ter sido um sucesso no passado como um super-herói, e que hoje busca resgatar a carreira atuando na Broadway. Pela história, a qual também produziu, o ator Michael Keaton (ex-Batman) tem sido visto aqui como que passando por uma espécie de renascimento, ou seja, um processo que sempre faz brilhar os olhos de Hollywood.

A produção de Keaton concorre com “Grande Hotel Budapeste”, com quatro indicações: filme, direção, roteiro, ator; “Caminhos da Floresta” (25/01), com três indicações: filme, atriz Emilie Blunt, coadjuvante, Meryl Streep; “Um Santo Vizinho” (05/02), com duas indicações: filme, ator Bill Murray; e “Pride” (sem data), indicado apenas a melhor filme.

Sendo a premiação do Globo de Ouro vendida como uma prévia de possíveis resultados do Oscar, é preciso lembrar que a lógica da HFPA é diferente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (do Oscar). Quem vota no Globo de Ouro são os profissionais que pensam o cinema criticamente. Jornalistas estrangeiros que trabalham em Hollywood e tem um olho aguçado para o circo daquela indústria. A partir daí, entre outras coisas pode-se dizer que a alta quantidade de indicações merece sim atenção, mas não significa exatamente uma barbada.

A cerimônia do Globo de Ouro ocorre em Los Angeles e terá Tina Fey e Amy Poehler como cerimonialistas. Na ocasião, o ator, diretor e produtor George Clooney receberá o prêmio Cecil B. DeMille desta edição em homenagem a sua carreira.

Novas séries são destaques na tevê
Outra diferença entre o Globo de Ouro e o Oscar é que a festa premia também produções televisivas norte-americanas. O grande destaque desta edição nas indicações da categoria foram “Fargo” (cinco indicações) e “True Detective” (quatro indicações), tendo ambas estreado em 2014.

Eles concorrem como melhor minissérie ou filme para a TV. Ambos conquistaram também duas indicações para os protagonistas de melhor ator em minissérie: Martin Freeman e Billy Bob Thorton (por “Fargo”), e Matthew McConaughey e Woody Harrelson (por “True Detective”).

Uma curiosidade é que, este ano, a a Netflix aparece na concorrência com três indicações para “Orange is The New Black” e outras três para “House of Cards”. Seria uma sinal de mudanças de paradigmas para o home-entertainment?

Para 2015, as indicações deram bastante espaço para obras estreantes. Além de “Fargo” e “True Detective”, foram lembrados “The Affair”, “Jane the Virgin”, “Transparent”, “The Missing” e “How To Get Away With Murder”. As novas séries tomaram o espaço de algumas outras que eram habitués do Globo de Ouro como “Mad Men”, “The Big Bang Theory”, “Modern Family”.

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