72º Globo de Ouro (2015) – premiação
Piadas e surpresas
Por Luiz Joaquim | 13.01.2015 (terça-feira)
Surpresas na premiação e piadas ácidas cada vez mais próximas das vistas na festa do Oscar marcaram o jantar da 72º cerimônia do Globo de Ouro, promovido na noite do domingo (11) em Hollywood. Com a competição dividida entre filmes dramáticos e comédia/musical, a lembrança de “Boyhood: Da Infância a Juventude” pelo Globo de Ouro como melhor filme “sério” de 2014 não chegou a deixar ninguém surpreendido – mesmo tendo ele concorrentes tão fortes. Mas a vitória de “Grande Hotel Budapeste” como melhor comédia surgiu como uma escolha inesperada.
Não que o divertido e sagaz filme de Wes Anderson não merecesse a condecoração mas, considerando que seus outros concorrentes – também fortes como “Birdman (ou A Inesperada Virtudo da Ignorância)” com número recorde de sete indicações – estavam mais “frescos” na memória dos jornalistas estrangeiros residentes nos EUA que votam na competição, a vitória de Anderson atrapalhou o bolão de apostas de muita gente.
Eleita melhor atriz dramática, Patrícia Arquette engordou os prêmios de “Boyhood” assim como o troféu dado a melhor direção de Ricahrd Linklater, confirmando seu favoritismo. Já “Birdman”, o mais celebrado entre as comédias, teva apenas o protagonista Michael Keaton eleito como melhor ator. Seu equivalente na categoria atriz foi Amy Adams pela filme de Tim Burton, “Grandes Olhos”.
O melhor ator dramático foi Eddie Redmayne, por “A Teoria de Tudo”. Ele venceu numas das categorias mais difíceis desta edição, derrubando Steve Carell (“Foxcatcher: Uma História que Chocou o Mundo”); Benedict Cumberbatch (“O Jogo da Imitação”); Jake Gyllenhaal (“O Abutre”); e David Oyelowo (“Selma”). A atriz equivalente na categoria foi Juliana Moore, por “Sempre Alice”.
No mesmo dia em que 3,7 milhões se reuníam nas ruas da França pela liberdade de expressão após o ataque na quarta-feira (07) contra a revista Charlie Hebdo, as apresentadoras do Globo de Ouro, Tina Fey e Amy Poehler, ousaram fazer piada com a Coreia do Norte, apresentando uma sósia do ditador Kim Jong-un.
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