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Críticas

A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte

Escuridão enfadonha

Por Luiz Joaquim | 29.01.2015 (quinta-feira)

Já não é preciso fazer um estrondoso sucesso para a indústria do cinema sentir-se estimulada a fazer filmes-sequências, a maioria deles sem nenhuma real importância de existir. “A Mulher de Preto”, de James Watkins, ilustra bem o caso. Em 2012 custou US$ 17 milhões e rendeu surpreendentes US$ 57 milhões nas bilheterias, mas muito em função da presença do eterno Harry Potter, o ator Daniel Radcliffe, no elenco.

Hoje chega aos cinemas “A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte” (“The Woman in Black 2: Angel of Death, GB/Can., 2014), dirigido por Tom Harper. Chega sem Radcliffe. Mas a mansão é a mesma do filme anterior.

Desta vez, estamos em Londres, durante a Segunda Guerra, quando os nazistas bombardeiam a Inglaterra. Para evitar maiores traumas, crianças são enviadas para cidades menores e mais distantes, longe dos ataques.

É quando o pequeno e recém-órfão Edward (Oaklee Pendergast) é acolhido pela professora Eve (a bela Phoebe Fox, esforçando-se) e a diretora escolar Jean (Helen McCrory). Junto a outras crianças, é levado à mansão do pântano e lá começa a perceber uma presença maligna que outras crianças nem adultos enxergam.

Eve, entretanto, começa a ter pesadelos reveladores que a aproxima do terror do menino e, aos poucos, pela sua perspectiva, vamos nós espectadores, tendo a dimensão da assombração.

Sempre apelando para cansados efeitos sonoros que promovem o susto pela surpresa, “A Mulher de Preto 2” cansa e não envolve com sua condução automático e repetitiva para nos levar a um lugar onde o cinema já nos levou de maneira muito mais eficiente e assustadora.

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