Bob Esponja: Um Herói Fora dAgua
Uma esponja que absorve crianças e adultos
Por Luiz Joaquim | 04.02.2015 (quarta-feira)
O que esperar de uma herói que se chama Bob Esponja Calça Quadrada? Muita patetice. Mas, não se engane, é exatamente com a despretensão das demências que saem da boca da mais famosa esponja marinha que o espectador do filme “Bob Esponja: Um Herói Fora DÁgua (The Spongebob Movie: Sponge Out Of Water, EUA, 2015) quer ouvir.
Nascidos em 1999 pela mente do biólogo marinho e animador Stephen Hillenburg, Esponja e sua turma surgiram pela primeira vez pelo canal pago Nickeldeon para depois ganhar o mundo nas tevês abertas. Em 2004 tiveram sua primeira aventura nos cinemas e a partir de amanhã uma nova ação, agora em projeção tridimensional com direção de Paul Tibbitt, entra em cartaz amanhã (05-fev).
Celebrado pela sua simplicidade e capacidade de soar interessante a várias faixas etárias, a inteligência por trás do sucesso da quadrada figura amarela com voz esganiçada está em sua inocência e ingenuidade. O mesmo acontece com as aventuras que vive com seus amigos submarinos, sendo o maior deles a obesa estrela-do-mar Patrick. Incluem-se aí o mal-humorado Lula-Molusco, a esquila Sandy, e o avarento Sr. Siriguejo, dono do restaurante Siri Cascudo onde Bob trabalha preparando os desejados hambúrguers de siri e Lula-Molusco opera como atendente no caixa.
Tanto a série, como o novo filme, oferecem tramas e situações nas quais os efeitos de suas ações e reações não imprimam a ideia de violência na tela. E enquanto os pequenos espectadores podem se divertir livres de ofensas com a agitação dos personagens, todos pintados em cores berrantes no vilarejo marinho de Fenda do Bikine, os adultos sorriem com as referências feitas por Bob e sua turma com o próprio cinema e o mundo real
O aloprado enredo do filme apresenta duas histórias correndo paralelas. Uma acontece em Fenda do Bikine, no tradicional formato 2D de animação, onde a receita secreta do hambúrguer de siri desaparece, provocando uma crise na cidade e obrigando Esponja a unir-se ao inimigo Plankton para viajar no tempo e no espaço a fim de resgatar a fórmula.
A outra estória corre na superfície do mar, onde o solitário pirata Barba Burger (Antônio Bandeiras num formato Jack Sparrow, de “Piratas do Caribe”) está em busca de um livro que pode mudar o rumo das vidas de Esponja e companhia. Barba também quer a tal fórmula para fazer sucesso no seu food-truck em forma de navio pirata. Até que os dois mundos se encontram e os pequenos heróis marinhos interagem com os humanos.
A ideia, enfim, é não tentar fazer conexões lógicas e deixar-se levar pelo humor que se configura na tortura sofrida por Plankton que é obrigado a conviver ao lado de Bob, ou quando o micro vilão literalmente mergulha no cérebro de Esponja e enjoa de tanta doçura que encontra lá, ou ainda quando Bob e Patrick descobrem o algodão-doce na mundo dos humanos. Assim o filme segue e, como que rindo de si próprio, Bob Esponja vai absorvendo a todos nós.
Em tempo – Em 2004, na primeira aventura de Bob Esponja no cinema, o herói de dentes separados partia com Patrick numa viagem para encontrar a coroa do Rei Netuno, que havia sido roubada, e se deparam com toda sorte de monstros marinhos, vilões e bandidos.
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