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Críticas

Bem Perto de Buenos Aires

A história do medo

Por Luiz Joaquim | 12.03.2015 (quinta-feira)

Chega ao Recife, no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, o argentino “Bem Perto de Buenos Aires” (Historia del Miedo, 2014). Selecionado para o Festiva de Berlim 2014, este filme de Benjamín Naishtat vem sendo comparado pela crítica como o irmão argentino de “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho.

Mas, ao contrário do pernambucano com sua opção narrativa que nos envolve e aproxima de seus personagens e de suas tensões coletivas, “Bem Perto…” não quer nos deixar íntimo ou simpático a nenhuma das figuras que conhecemos ali. O mérito de Naishtat é desenhar uma situação incômoda que não conseguimos descobrir sua origem ou dimensão.

“Bem Perto….” parece mapear uma atmosfera do medo que antecipa uma explosão coletiva. A trama (trama?) ocorre dentro de um condomínio de luxo nas proximidades de Buenos Aires. Ali temos seus empregados – um garoto, sua namorada garçonete, o pai segurança, a avó empregada doméstica – de um lado, e os ricos proprietários do outro, tensos com uma cerca de segurança que foi destruída.

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