Para Sempre Alice
Simplesmente Julianne Moore
Por Luiz Joaquim | 12.03.2015 (quinta-feira)
Ainda no rastro do Oscar entra em cartaz hoje “Para Sempre Alice” (“Still Alice”, EUA, 2014), na verdade, já exibia há uma semana nos multiplex, em caráter de pré-estreia. A produção, que é uma adaptação do livro homônimo escrito por Lisa Genova será lembrado por duas razões: 1) Como o filme que deu o Oscar a Julianne Moore; 2) Como uma obra digna sobre o Mal de Alzheimer.
O primeiro caso se justifica uma vez que Moore, 54 anos, é uma das atrizes mais versáteis e interessantes de sua geração, sendo esta sua quinta indicação ao Oscar desde 1997. Sobre sua capacidade de lidar com distintos papeis basta prestar atenção em outras estreias da atriz: uma bruxa medieval (“O Sétimo Filho”, em cartaz) e uma atriz hollywoodiana decadente (“Mapa para As Estrelas”, a partir de abril).
Em “Para Sempre Alice”, Moore é uma renomada doutora em linguística que dá palestras sobre a origem da língua como expressão humana. Casada convive bem com duas filhas – uma advogada (Kate Bosworth) prestes a ter um filho, e a caçula (Kristen Stewart) que batalha como atriz iniciante – além de um filho (Hunter Parrish), estudante de medicina, seguindo a carreira do pai e marido dedicado (Alec Baldwin).
“Alice” se diferencia dos filmes focados no drama do Alzheimer pelo aspecto da vítima ser jovem, 50 anos, e especialista em comunicação, o que lhe permitir traduzir com mais precisão o mal que lhe vai consumindo: a perda do que construiu, fundada na memória. O mérito está na performance de Moore, destacando ainda Stewart que, cada vez mais, apresenta-se como uma atriz e não apenas como uma estrela juvenil.
INDÚSTRIA – Pequena, a produção estreou no Festival de Toronto. Após a exibição do filme no Canadá, a Sony Pictures Classics comprou os direitos de exibição para lançá-lo em grande escala nos EUA. A estreia aconteceu em dezembro de 2014, habilitando-o ainda para a na temporada do Oscar.
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