Lançado em 2011 ao custa de 10 milhões de dólares “O Exótico Hotel Marigold”, dirigido por John Madden, tornou-se um fenômeno, rendendo dez vezes mais que o valor investido em sua produção. Com isso, o mercado naturalmente “pedia” uma sequência para a história dos idosos que renovavam a crença na vida hospedados num hotel indiano.

Esta sequência entra em cartaz hoje nos cinemas de todo o País, com o mesmo elenco do filme original – acrescido com Richard Gere -, e tendo tido uma pré-estreia de luxo sábado passado no 19ª Cine-PE, contando com a presença de Madden no Recife.

“O Exótico Hotel Marigold 2” (The Second Best Exotic Marigold Hotel, GB, 2015), retoma, portanto, a convivência de Evelyn e Douglas (Judi Dench e Bill Nighy), ela tomando coragem para assumir novos desafios profissionais, e ele tomando coragem para dar partida a um romance com Evelyn.

Retornamos também a Norman e Carol (Ronald Pickup e Diana Hardcastle), às voltas com seu relacionamento aberto e um novo condimento entre eles, o ciúme. À Madge (Celia Imrie), dividida entre dois pretendentes ao casamento; e Muriel (Maggie Smith) com seu mau-humor divertido e agora trabalhando como gerente do hotel Marigold, além de ajudando o proprietário Sonny (Dev Pavel) em suas confusões com a noiva. Já Gere entra na história como o personagem que irá agitar as expectativas de Sonny, que credita nele a solução para os investimentos que procura para abrir um segundo hotel.

Mais maduro que o filme um, esta sequência capricha nas ironias típicas do humor britânico, principalmente pela presença de Maggie Smith brilhando com suas falas afiadas. Parece destoar um pouco do elenco maduro a persona abobalhada de Sonny. Seus exageros e ingenuidades funcionam como um laço que liga a produção britânica ao particular espirito das produções bollywoodianas, recheadas de barrocos conflitos românticos e musicais coloridos e felizes no final, como exatamente termina este “Marigold 2”.