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Críticas

Belas e Perseguidas

Quando a matriz parece uma cópia

Por Luiz Joaquim | 03.07.2015 (sexta-feira)

Um vez que as globochanchadas vêm estabelecendo-se com um perfil mais facilmente identificado, pode-se dizer que chegamos ao ponto de encontrar cópias melhores que a matriz. Explica-se: vendo o boboca “Belas e Perseguidas” (Hot Porsuit, EUA, 2015), de Anne Fletcher, a primeira sensação é a de que podíamos estar vendo o mesmo filme, com as mesmas piadas e performances toscas acontecendo no Rio de Janeiro, com Tatá Werneck interpretando o pape que é de Reese Witherspoon e Ingrid Guimarães no personagem defendido por Sofia Vergara.

No caso, Witherspoone é a policial Cooper, que cuida do depósito do Departamento de Polícia como punição por uma trapalhada no início da carreira. Sua chance de voltar à ativa nas ruas acontece quando é designada para escoltar uma importante testemunha para um julgamento no Texas.

Famosa por seguir à risca a cartilha da polícia, ele foi escolhida exatamente por ser incorruptível. Após as reviravoltas iniciais do enredo, chegasse àquilo ao qual o filme foi criado. Criar uma situação de isolamento para a atrapalhada Cooper ter de levar Daniella (Sofia Vergara), a Dallas. Ambas unem-se, contra a vontade, para fugir tanto de bandidos quanto da polícia.

A graça vai se estabelecer na diferença de personalidade das duas mulheres. Uma criminosa dondoca e um carola meticulosamente organizada. O resultado é conhecido. Elas começam a simpatizar exatamente pelos contrastes, uma aprendendo com a outra a serem menos radicais.

Acontecendo quase todo numa rota de fuga pela estrada, o filme soa como um “Thelma & Louise”, mas sem charme, sem motivação nobre e com muita piada xula, tal qual uma boa globochanchada.

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