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Críticas

Pixels

A Vingança dos Nerds

Por Luiz Joaquim | 23.07.2015 (quinta-feira)

Foi da cabeça de Chris Columbus que saiu para o mundo a história de “Gremlins” (1984) e “Os Goonies” (1985), dois clássicos universais da juventude dos anos 1980. O homem também dirigiu outra pérola chamada “Esqueceram de Mim” (1990). É com a mesma alegria, desprendimento e leveza com que arquitetou o universo desses três filmes que Columbus volta à direção do gênero com o juvenil “Pixels” (EUA, 2015), estreando hoje.

Apesar de, dessa vez, seu filme não ser protagonizado crianças, mas sim adultos (ainda que adultos infantilizados), “Pixels” parece falar muito bem aos pequenos. E aos grandes também, uma vez que tudo parte da premissa que em 1982 a NASA enviou ao espaço informações sobre a cultura na Terra e em 2015 alienígenas resolvem invadir o planeta tendo como forma e premissa de batalha as regras e padrões estéticos dos videogames clássicos daquela época.

As estrelas aqui são portanto, Pac-Man, Donkey Kong, Asteróides, Space Invaders e tantos outros que embalaram as noites na primeira metade dos 1980 dos hoje quarentões.

No filme, um desses quarentões é Sam (Adam Sandler), e hoje ele trabalha como instalador de equipamentos eletrônicos. Mas Sam já foi o maioral e ele tem um talento adormecido por mais de trinta anos. Quando garoto ficou em segundo lugar num concurso mundial de videogames. Perdeu apenas para o anão Eddie (Peter Dinklage, o único do elenco funcionando num tom acima do desejado), que passou pelas três décadas com o mesmo penteado no esitlo mullet.

Melhor está, nos dias de hoje, Cooper (Kevin James) o melhor amigo de Sam que, vive aqui ninguém menos que o Presidente dos EUA. Junta-se ao grupo para combater os extraterrestres – que pixalizam a tudo que tocam – o gordinho paranoico Ludlow (Josh Gad, aqui como uma espécie de sub-Jack Black).

Com os amigos Nerds reunidos mais uma vez (muito próximo do espírito visto em “Ghostbusters: Os Caça-Fantasmas”), o governo americano empenha-se nessa batalha para salvar o mundo que só poderá ser vencida pelo entendedor dos padrões típicos daqueles jogos tidos hoje como obsoletos. Há no filme, a propósito, espaço para discutir valores sobre o conceito dos atuais games e sua violência aleatória, contra a ingenuidade lógica dos clássicos.

Com diversão de boa qualidade amparada por piadas corajosas, “Pixels” é, particularmente, um prato saboroso de experimentar. Condimentado com um pouco de nostalgia, irá deixar os pais espectadores tão excitados quanto os filhos espectadores.

CRIAÇÃO – Personagens não tão conhecidos aparecem na lista dos alienígênas em “Pixels”, como o apresentador inglês Max Headroom, além de um ator interpretando o criador do Pac-Man, o Professor Toru Iwatani.

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