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Críticas

Shaun: O Carneiro

Dia de folga e confusão na fazenda

Por Luiz Joaquim | 03.08.2015 (segunda-feira)

“Shaun, O Carneiro” (Shaun: The Sheep Movie, RU/Fra., 2015), de Mark Burton e Richard Starzak, é da mesma linhagem do ótimo “A Fuga das Galinhas” (2000) e dos bons “Wallace & Gromit: A Batalha dos Vegetais” (2005) e “Por Água Abaixo” (2006). Pode esperar acertos, portanto. Mas, menor e menos intenso, “Shaun” apenas diverte, não revoluciona. Não há problema nisso.

E a animação em stop motion de 85 minutos cumpre um difícil desafio, diga-se de passagem. É toda levada sem diálogos. O mote inicial lembra o do clássico das Galinhas, quando uma se rebela e decide fugir, conhecer um mundo melhor. No caso da ovelhinha Shaun, ela só quer um dia de folga. Fugir da rotina chata da fazenda.

Seu plano de botar pra dormir seu dono para daí curtir o dia com seus amigos vai por água abaixo quando ele vai parar na cidade grande, desmemoriado. A circunstância dá margem para o enredo brincar com a fama instantânea. Como uma boa fábula, não pode faltar um vilão. Ele se personaliza num agente da carrocinha que recolhe animais pela cidade.

As situações criadas por Shaun e seu grupo para escapar do vião são competentes o suficiente para fazer os pequenos darem altas gargalhas e os adultos abrirem um sorriso largo na sala do cinema. “Shaun, O Carneiro” é portanto um tipo de filme realmente cada vez mais raro. Aquele em que qualquer pessoa, independente da idade, poderá consumir com a mesma propriedade e irá se sentir bem. Muito bem.

ORIGEM – A protagonista Shaun apaceu nos anos 1990 por um curta do universo de “Wallace & Gromit”. Há ainda uma séria de tevê lançado no passado pela produtora Aardman Animations.

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