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Críticas

Maze Runner: Prova de Fogo

Novo lixo em cartaz

Por Luiz Joaquim | 16.09.2015 (quarta-feira)

Em cartaz no Brasil a partir de amanhã (17), “Maze Runner: Prova de Fogo” (Maze Runner: The Scorch Trials), dirigido por Wes Ball, está naquele grupo de obras cinematográficas cuja principal razão de sua existência e extrair mais dinheiro dos espectadores incautos e de seus juvenis fãs egressos do livro que o originou. Este segundo filme originalmente nem seria feito se o primeiro – “Maze Runner: Correr ou Morrer” (2014) – não tivesse o êxito financeiro que teve. Apenas nos EUA, rendeu três vezes o que custou.

O sucesso instantâneo de 2014 fez os executivos – com apenas duas semanas em cartaz do filme um – iniciarem o projeto desse filme que amanhã (17) chega às telas. A pressa deixou “Prova de Fogo”, o filme, bastante diferente do que lê no livro. O próprio Wes Ball anunciou as diferenças e prometeu retomar à fidelidade literária no filme três, “A Cura Mortal”, programado para estrear em 2017.

“Prova de Fogo” nos coloca de novo no típico futuro distópico recheado de clichês com o qual as historinhas de ficção científica juvenis costumam se espraiar. Ali, voltamos a encontrar Thomas (Dylan O Brien) com os amigos fugitivos. Depois de escapar do labirinto, eles se encontram refugiados sob os cuidados da organização C.R.U.E.L (nesse momento o espectador se pergunta: por que eles não desconfiam de um instituição com essa abreviatura?).

Thomas descobre depois que os cuidados que recebem são apenas para terem posteriormente sua energia drenada em busca da cura para o mal que assola o mundo: uma praga que infecciona as pessoas e as transforma em “Cranks” (na verdade são “Zumbis”, sem tirar nem pôr, mas palavra não podia ser usada até há pouco tempo pois a Marvel detinha o direito de sua utilização).

Começa então uma nova fuga em uma sequência de etapas, como num videogame, para Thomas e companhia chegarem a um lugar seguro. Todos os movimentos seguem uma estrutura cansada de encadeamento previsíveis.

Entre tantas limitações artísticas, “Prova de Fogo” traz diálogos preguiçosos, para não dizer medíocres, quando colocam personagens levantando questões primárias (“Por que você está me dizendo isto?”, “O que faremos agora?”, “Que lugar é este?”) para um segundo personagem, com sua resposta, deixar quase que didaticamente claro ao espectador para onde se encaminhará a próxima correria do enredo.

ELENCO – Três atores de “Prova de Fogo” – Thomas Brodie-Sangster, Aiden Gillen e Nathalie Emmanuel – também são conhecidos por atuarem na telessérie “Game of Thrones”.

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