Está em gestação um documentário em longa-metragem, a seis mãos, que vai procurar explicar o porquê do Recife ser considerada por alguns a cidade mais mal assombrada do País. São das cabeças do jornalista Adriano Portela; do escritor e editor do site “O Recife Assombrado”, Roberto Beltrão; e de André de Sena, professor da UFPE e especialista em Literatura Fantástica, que irão sair as ideias para o filme.

“Levei a ideia para André [de Sena] e conversamos num congresso de literatura sobre assombração. Depois tivemos uma reunião na Universidade Federal de Pernambuco com Roberto [Beltrão] para construirmos o argumento. O roteiro e a direção ficam sob meu cargo”, adiantou Portela.

Para a pesquisa que vai compor o corpo do documentário, o grupo pretende ouvir tanto populares quanto especialistas, como a pesquisadora Fátima Quintas; incluirá aí os registros literários sobre o assunto. “Queremos aproveitar eventos como o -Passeio Assombrado- e obras como a série de Guel Arraes [com Cláudio Paiva, Guel Arraes e Newton Moreno]. Vamos, enfim, reunir tudo que houver sobre o assunto assombração no Recife que tenha passado pelo teatro, literatura e audiovisual. É uma maneira interessante de concentrar tanta coisa a respeito sobre esse assunto mas que hoje está tudo espalhado”, conta o idealizador do projeto.

Ele destaca ainda que em breve se reúne com os parceiros para uma primeira conversa sobre o planejamento da produção. “Vamos fazer um levantamento de custos. Ainda em setembro e outubro devemos fazer teste de elenco e, em outubro, produzir teasers e pôr o projeto em editais. Mas queremos rodar o doc. independente de ganharmos ou não algum edital”, adianta. O elenco a ser selecionado deverá atuar em simulações dramatizadas que irão ajudar a criar tensões na narrativa do documentário.

COMEMORAÇÃO – Adriano Portela vai comemorar dez anos desde a feitura de seu primeiro curta-metragem, “Sobrado São José”. Ainda sem data, Adriano pretende exibir no evento, além do primeiro filme, seus trabalhos “Ponto de Remendo”, uma ficção com Geninha da Rosa Borges, e “Respira Tom” outra ficção gravada em Olinda.