
7º Janela (2014) – programação
Janela abre sua programação completa
Por Luiz Joaquim | 15.10.2015 (quinta-feira)

Encabeçado por Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho, o Janela Internacional de Cinema do Recife, que chega a sua sétima edição de 24 de outubro a 2 de novembro, teve sua programação completa anunciada na manhã de ontem. Entre os 11 longas selecionados para a mostra competitiva, estão os pernambucanos “Brasil S/A”, de Marcelo Pedroso, “Ventos de Agosto”, de Gabriel Mascaro, e “Prometo um dia deixar essa cidade”, de Daniel Aragão. Eles concorrem com outros títulos nacionais e internacionais, a exemplo do ucraniano “A Tribo”, dirigido por Miroslav Slaboshpitsky e destaque no Festival de Cannes este ano, e “A misteriosa morte de Pérola”, dos cearenses Guto Parente e Ticiana Augusto.
A mostra de clássicos, que já havia sido anunciada há uma semana, traz como tema “Estradas Perdidas”. “Este ano estivemos sob o impacto de várias perdas pernambucanas, como Reginaldo Rossi, Ariano Suassuna, Fernando Spencer e Eduardo Campos. Por isso achamos que este tema reflete o atual momento da cidade. Todos os filmes têm a apresença da estrada de alguma forma, ou fazem menção a ela”, observa Kléber.
Este ano, o festival expande suas atividades e ocupa dois novos espaços com atividades paralelas de formação e reflexão. O primeiro é o Portomídia, que viabilizará a oficina Janela Crítica e o workshop “Cinematografia com Design”, com o fotógrafo Affonso Beato, que já trabalhou com Glauber Rocha, Pedro Almodóvar e Stephen Frears, além de lançamentos de livros, mesas e debates com realizadores convidados. O outro é o Museu do Cais do Sertão, que sediará uma mostra infantil, além de algumas sessões.
De acordo com Kleber Mendonça Filho, a ideia este ano é fortalecer as sessões especiais, que trazem títulos como “Sangue Azul”, de Lírio Ferreira, e “A História da Eternidade”, de Camilo Cavalcante e o filme-concerto “Björk: Biophilia Live”. “Não há uma hierarquização na programação. Assim como os filmes em competição, os demais também merecem atenção”, pontua o curador.
Entre as novidades desta edição está a mostra “Pós Nouvelle Vague”, que exibe oito títulos franceses dos anos 1970 e 80 selecionados pelo crítico da revista francesa Cahiers du Cinéma. “Fala-se pouco sobre o cinema francês feito depois da Nouvelle Vague”, aponta Kléber, que fechou parceria com o Instituto Francês e o Consulado da França no Recife. Outra novidade é a Sessão Bossa Jovem, tradição do Cinema São Luiz entre os anos 1960 e 70, que exibia filmes nas manhãs de sábado e domingo. As sessões, que acontecerão às 11h, irão exibir títulos como “Juventude Transviada”, de Nicholas Ray, e “Roberto Carlos em ritmo de aventura”, de Roberto Farias.
Assim como em 2013, o Janela dá continuidade ao resgate digital de curtas do período do super 8 pernambucano, exibindo, desta vez, “Noturno em Recife Maior”, de Jomard Muniz Britto”, além de “Se Pintar Colou” e ” Se Colar Olhou”, ambos realizados por Ivan Cordeiro. O público ainda poderá conferir o Panorama Alemão, produzido pela German Films, que pela segunda vez promove no Janela um mostra com os destaques em curta e longa-metragem do país europeu. Assim como os programas convidados já presentes em outras edições, como o Cachaça Cinema Clube, o cineclube Dissenso e o coletivo Toca o Terror.
ORÇAMENTO – A sétima edição do Janela Internacional de Cinema do Recife foi orçada em R$ 360 mil. Em sua última edição, o festival recebeu mais de 15 mil pessoas durante 10 dias de evento. A programação com dias e horários das exibições está prevista para sair ainda esta semana.
0 Comentários