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Festivais

Festival do Rio (2015) – premiação

-Boi Neon- leva quatro prêmios

Por Luiz Joaquim | 15.10.2015 (quinta-feira)

E “Boi Neon”, quinto longa-metragem solo de Gabriel Mascaro, segue sua carreira de sucesso iniciada com o prêmio especial do júri na mostra Horizonte no Festival de Veneza, em agosto. Na terça-feira (13), foi a vez do título ser agraciado pelo Festival do Rio. Não apenas recebeu o principal prêmio, o troféu Redentor de melhor filme, como também os de roteiro (de Mascaro), fotografia (Diego Garcia), e atriz coadjuvante (Alyne Santana). Com os títulos, “Boi Neon” acumula novas vitórias das também conquistadas no Festival de Toronto (Canadá, em setembro, quando recebeu uma Menção Honrosa), e o prêmio da crítica no Festival de Hamburgo (encerrado sábado passado, na Alemanha).

Quem subiu ao palco do Festival do Rio para receber o prêmio foi Rachel Ellis, produtora de “Boi Neon” e esposa de Mascaro, acompanhada pela filha do casal. No exterior, o cineasta brincou em sua página no Facebook. “Numa conexão em Singapura, fui o último a saber do resultado do Festival do Rio. Felicidade é pouco e obrigado pelo carinho de todos. Uma pena que vou pegar um avião para ainda mais longe à medida que queria estar mais perto dessa linda comemoração que deve ter sido no Rio”, escreveu. O realizador esta a caminho da Austrália onde irá exibir o filme.

Cogita-se que “Boi Neon” pode abrir a 8ª edição do Janela Internacional de Cinema do Recife, próximo dia 30. A produção tem uma ligação forte com o evento recifense uma vez que, em 2014, Mascaro foi contemplado no festival produzido pela empresa Cinemascopio com o apoio para pós-produção pela finalizadora paulista Mistika. Ariadne Mazzeti, diretora de atendimento da Mistika, também celebrou. “Passados dois meses do Festival ele me procurou para fazermos os efeitos do -Boi Neon-. Foram quase três meses de trabalho intenso, por mais que vocês não percebam que o filme é cheio de efeitos, o que pra nós de pós é ótimo”, destacou.

No enredo criado por Mascaro, as situações acontecem no universo das vaquejadas no sertão nordestino. A história acompanha um vaqueiro Iremar (Juliano Cazarré) que lida com bois, mas também costura para o polo de roupas e confecções (locações incluíram o município de Santa Cruz do Capibaribe), mas sonha trabalhar com moda. Quem o acompanha é Galega (Maeve Jinkings), uma dançarina que dirige um caminhão. A inversão de valores de gênero tem chamado a atenção por onde o filme exibe. Ainda no elenco Vinícius de Oliveira (de “Central do Brasil”).

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