18 Expectativa/Retrospectiva 2015 – Recife
42 longas-metragens, 2 salas, 11 dias
Por Luiz Joaquim | 10.12.2015 (quinta-feira)
Depois do Cine-PE, que surgiu em 1997, a mostra Expectativa/Retrospectiva da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) é o mais tradicional evento cinematográfico do Recife. Iniciada em 1998, chega hoje a sua 18a edição fazendo um retrospecto caprichado do que o ano apresentou de interessante e também adiantando títulos que em breve estarão em cartaz em boas salas de cinema.
Produzida pelos curadores de cinema da Fundaj, este que aqui escreve com Kleber Mendonça e equipe, pode-se dizer que antes do festival Janela – que surgiu em 2008 – a mostra era a única alternativa no Recife para o espectador atualizar-se com o que de melhor o cinema mundial estava por lançar.
Ano passado o evento bateu seu próprio recorde, exibindo 62 filmes (dos quais 53 eram longas-metragens). Para este 2015, nos 11 dias dedicados à mostra, serão projetados 42 longas, com o evento acontecendo pela primeira vez em duas salas da Fundação: a do Derby e a do Museu (em Casa Forte).
Entre os destaques, está a sessão do polêmico filme “Chatô” (terça, 15/12, às 19h30, no Derby), seguida por um debate com o diretor Guilherme Fontes. Contemplando também bate-papo com realizadores, a mostra apontou na quarta (16/12, às 20h no Museu) a sessão de “Todas as Cores da Noite”, de Pedro Severien; e “Breve em Nenhum Cinema” (quinta, 17/12, às 19h30 no Museu), filme de Kiko Dinocci.
Entre titulo inéditos imperdíveis (pois não se sabe quando eles voltam a exibir num cinema recifense) estão: “Malala”, documentário sobre a jovem paquistanesa (no Museu); “Ilha do Milharal” (no Museu), vencedor do prêmio da critica na Mostra de SP 2014; “Califórnia”, o celebrado primeiro longa de ficção de Marina Person, sobre a adolescência nos anos 1980 (no Derby); e “A Terra e Sombra” (no Museu) filme colombiano de Cesar Augusto Acevedo, premiado em Cannes 2015.
Há ainda o francês “Party Girl”, pelo qual a diretora Marie Amachoukeil levou a Câmera de Ouro na mostra Um Certo Olhar em Cannes falando sobre uma mulher de 60 anos que continua sedutora e festeira trabalhando como hostess numa boate. E tem espaço também para clássicos restaurados como “Mamma Roma” (de Pasolini) e “Morangos Silvestres” (de Bergman). É enfim, a tradicional festa de natal dos cinéfilos recifenses.
RETROSPECTIVA – Entre tantos títulos interessantes vistos em 2015, a mostra da Fundaj oferece uma revisão sobre “Mad Max: A Estrada da Fúria”; “Corrente do Mal”; “Ponte de Espiões”; “Adeus à Linguagem 3D” (de Godard); “Dívida de Honra”; “Pele de Vênus” (de Polanski); e “Vício Inerente”, de Paul Thomas Anderson, entre outros. Mais detalhes no (http://cinemadafundacao.blogspot.com.br)
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