Encharcado de festivais e mostras de cinema, a agenda recifense parecia não precisar de nenhum novo evento do gênero em 2014 , mas eis que naquele dezembro, por quatro dias, aconteceu o 1o Festival Internacional de Cinema Universitário de Pernambuco (MOV) mostrando que, quando realizado com inteligência, têm sim algo a acrescentar. A partir das 19h de hoje (QUARTA-FEIRA), tem início a segunda edição do festival, no cinema São Luiz, com entrada franca.

Por trás da empreitada, estão os hoje já profissionais Amanda Beça, Vinícius Gouveia, Txai Ferreira e Thais Vidal – e mais uma dúzia de técnicos – que conseguiram nesta segunda edição incrementar ainda mais a gama de atrações sobre o evento.

Este ano dividido em seis blocos temáticos distintos, o 2o MOV segue priorizando, claro, a produção estudantil e apresenta ao Estado 38 obras de 17 países.

Os títulos se alternam nas competitivas internacionais: “Maquinaria”; “Mundo Afora”; e “Sexo Ágil”; além de outras três competitivas nacionais: “Minha Vez de Falar”; “Das Profundezas”; e “Mal-me-quer”.

Aquele que não acreditam nos filmes universitários como possuidores também de apelos como os de profissionais, deveria ir hoje na noite de abertura, e conferir o curta “Kbela” (RJ), de Yasmin Thayná, sobre a relação de um mulher negra e seu cabelo.

Com a pernambucana Maria Clara Araújo no elenco. O filme vem ganhando a simpatia do público por onde passa, e agora chegou vez do recifense conferir.

Ainda hoje, com a mesma pegada social, exibe “Dindas”, dos realizadores Lara Buitron e Vitor Lima, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que discute relações de gênero pela ótica das mulheres, trans e travestis no sistema carcerário masculino do Estado.

O 2o MOV também oferece duas mostras paralelas. A “Especial L`Alternativa” (sábado), com obras selecionadas pelo mais importante festival independente do cinema catalão. Já a mostra “Aug & Ohr Medien” (hoje às 21h) vem da Alemanha, com o respaldo de ser uma vital distribuidora de filmes alternativos e universitários por lá.

Entre os destaques aqui está o curta “Everything will be okay”, de Patrick Vollrath, que foi premiado na “Semana da Crítica”, no Festival de Cannes 2015.

Completam a programação a mesa (sábado) “Distribuição de Curta Independente” (sábado) com David M. Lorenz (da “Aug & Ohr Medien”) e Ohana Sousa, na Rede Nordeste de Cinema Universitário.

O 2o MOV encerra no sábado (19, às 21h) com um cineconcerto com o grupo Cosmo Grão musicando ao vivo no São Luiz o curta “Catimbau”, de Lucas Caminha, da UFPE.

OFICINAS – o 2o MOV também inicia hoje duas oficinas (inscrições encerradas) sobre “Montagem de Filme-Ensaio”, ministrado por Sabrina Tenório; e de “Pós-produção de Som”, com Nicolau Domingues. A programação do festival está no (www.movfestival.com/2015)