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Black Oscar

Câmera clara 504

Por Luiz Joaquim | 25.01.2016 (segunda-feira)

Se na cerimônia do Oscar no ano passado as mulheres ganharam destaque a partir do discurso de Patrícia Arquette (“Boyhood”) reinvindicando oportunidades iguais para elas – como que adiantando a principal tônica de 2015 -, a edição 2016 da maior festa de Hollywood já ganhou polêmica antes de acontecer (será 28/02). A não indicação de negros entre os candidatos a ator/atriz, coadjuvante ou não, vem provocando protestos na categoria dos EUA com diversos profissionais aderindo a um boicote ao evento, que é identificado na Internet como #OscarsSoWhite. Um dos últimos a aderir ao boicote foi Will Smith e a esposa Jada Pinkett Smith. Ele se diz desconfortável com a situação e não comparecerá a cerimônia. Quem apresentará o Oscar 2016 é o ator negro Chris Rock.

Novas regras?
Em função de tanta e tão forte polêmica nos EUA em torno do fato de todas as 20 indicações para ator/atriz principais e coadjuvantes ao Oscar 2016 terem ido só para brancos, a Acadêmia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood já está cogitando mudar algumas regras para a edição 2017. Entre elas, indicar não apenas cinco atores, mas até dez atores por cada categoria.

Dissonando
Conhecendo a lógica comercial do Oscar, foi uma grata surpresa a indicação da britânica Charlotte Rampling (que completa 70 anos próximo dia 5) pelo filme “45 anos”. Em meio ao “tiroteio” do contra e a favor do boicote ao Oscar, a atriz, em entrevista a rádio francesa “Europe 1”, disse que as reivindicações tornaram-se um “racismo contra brancos”. E continuou dizendo que “talvez os negros não tivessem mesmo merecido figurar na lista final, quem sabe?”. Ao ser perguntada sobre a criação de “cotas” por Hollywood, ela respondeu: “Por que classificar as pessoas?”.

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