11º Latino-Americano de SP (2016) – abertura
Com a palavra (e com o audiovisual), as mulheres latino-americanas
Por Luiz Joaquim | 20.07.2016 (quarta-feira)
O 11ª Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que inicia hoje (20) e segue até o próximo 27, não poderia ser mais feliz do que foi ao definir a cineasta Anna Muylaert como a homenageada desta edição 2016.
Para quem tem olhos para ver e ouvidos para escutar sabe muito bem que o momento em que vivemos é o de uma bem-vinda insurreição contra o machismo estabelecido desde sempre na sociedade como a conhecemos.
Colocar Muylaert como símbolo dessa edição é girar todos os focos para o trabalho vitorioso dessa realizadora que irá abrir o festival logo mais, às 20h30, no Memorial da América Latina, com a sessão do seu Mãe só há uma (filme que entra em cartaz em todo o País amanhã).
A associação que se faz ao trabalho da cineasta é o da máxima competência (destacadamente após o êxito no exterior de Que horas ela volta?), e não há melhor referência para elevar os méritos de uma pessoa ao seu lugar de direito que a boa qualidade de seus feitos pelo seu próprio esforço.
Complementando a celebração, o Festival promove um excelente encontro amanhã, às 11h, com a realizadora e a cartunista Laerte para um debate a partir das idéias em Mãe só há uma.
Entre curtas, médias e longas-metragens, este Latino-americano apresentará 117 filmes divididos entre os sete programas a seguir: Contemporâneos; Mostra escolas de cinema CIBA-CILECT (este, competitivo); Homenagem a Anna Muylaert (com 21 de suas obras); Mostra mulheres atrás das câmeras (com seis contemporâneos títulos mexicanos guiados por mulheres); Mostra cine negro (com clássicos mexicanos, incluindo do mestre Roberto Galvaldón); Mostra divas (com obras protagonizadas por mulheres, no presente e passado do cinema mexicano, incluindo clássicos de Emilio Fernández); e o DOCTV Latinoamérica.
Entre as novidades em longa-metragem, na Mostra contemporâneos, aparecem os brasileiros Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois, de Petrus Cariry; Estopô balaio, de Cristiano Burlan; Eu te levo, de Marcelo Müller; Linha de fuga, de Alexandre Stockler; Planeta escarlate, de Dellani Lima e Jonnata Doll; e Por trás do céu, de Caio Soh (este já conhecido dos recifense pela sua exibição no Cine-PE 2016).
Os outros latino-americanos na Contemporâneos vêm da Argentina, Guatemala, México, Paraguai, Chile e Uruguai,
Seminários
Além do encontro entre Laerte e Anna Muylaert amanhã, esta edição reserva também os seminários O cinema da época de ouro mexicana; Jornada de direitos de autor dos diretores brasileiros de cinema e do audiovisual; Coprodução internacional no atual cinema latino-americano (este com a participação da francesa radicada no Brasil/Recife e produtora de Aquarius, Emilie Lesclaux); O espaço para o cinema alternativo na américa latina; Mulheres atrás das câmeras; e Cinema da vela especial: O papel do realizador no cinema latino-americano contemporâneo.
Mais detalhes da programação aqui.
Acompanhe a cobertura do 11º Festival de Cinema Latino-americano de São Paulo pelo cinemaescrito.com
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