Vivo Open Air Rec. 2016 – Por trás do espetáculo
Como funciona a superestrutura técnica do Vivo Open Air? Entenda aqui.
Por Luiz Joaquim | 05.12.2016 (segunda-feira)
Na primeira noite (31/11) da 2ª edição do Vivo Open Air no Recife, pouco antes da primeira atração da abertura – uma apresentação jazzística de Amaro Freitas – Renato Baington, diretor da produtora carioca “D+3” (responsável pelo evento), e Renato Pontual, diretor regional da operadora telefônica Vivo (patrocinadora do evento) trocaram algumas idéias com a imprensa local.
Enquanto Pontual falava do desafio durante o ano de 2016 em agregar a antiga empresa GVT à sua marca e, ainda assim, mesmo com uma crise mundial em curso, a Vivo ter crescido e ser hoje a operadora com a maior cobertura em Pernambuco; Baington contou um pouco do histórico do evento, que começou em 2002, ainda com o nome Telefônica Open Air no Rio e São Paulo, até ganhar em 2004 o nome que ostenta ainda hoje.
“Esse é um equipamento que vem todo da Suíça, e a ideia é realizar uma grande celebração, em lugares bacanas. Neste ano estamos com uma nova estrutura para alimentação e shows dando espaço também para artistas locais”, reforçou o produtor, lembrando que para aquele dia #1, a Vivo havia disponibilizado gratuitamente pela internet 400 pares gratuitos de ingressos para a sessão da ocasião, a projetar Cafe Society, de Woody Allen.
“O Vivo Open Air não é um festival, nem uma mostra. É uma celebração. A tela gigante, da altura de um prédio de quatro andares, é o grande atrativo. Daí as pessoas aplaudirem quando ela está subindo”, observou.
“Por isso, um filme muito bacana que vamos exibir nesse espírito é o Cinema paradiso (1988)”, disse fazendo menção ao título do italiano Giuseppe Tornatore cujo protagonista revive a amizade que firmou na infância com o projecionista de um cinema na pequena cidade onde nasceu.
Por trás do espetáculo
Considerando as palavras de Baington, a reportagem do CinemaEscrito foi procurar entender o que está por trás do funcionamento da grande atração do Vivo Open Air. Estamos falando de toda a estrutura da projeção, ou seja, procuramos os responsáveis pelo trabalho técnico e braçal que fazem o espetáculo da Vivo Open Air tornar-se uma realidade.
E assim como Tornatore dá espaço nobre em seu filme ao projecionista de Cinema paradiso, resolvemos dar espaço nessa reportagem a Alain Andrey, o técnico e projecionista suíço que está trabalhando no evento do Recife.
Alan nos resumiu que a empresa (suíça) dona da tecnologia que vemos brilhando e ouvimos tocando enquanto a gigante tela dá seu espetáculo ao erguer-se do chão é a Cinerent. Fundada em 1978, seguiu até 1989 tendo como principal ocupação a locação de equipamentos de cinema.
Até que em 1991 eles organizaram um evento ao ar livre inicialmente chamado Kino am See nas cidades de Zurique, Bern e Basel. Foi quando em 1993 eles desenvolveram um sistema hidráulico com capacidade para levantar uma tela de até 400 m2.
“A tela que você vê aqui [Recife], tem cerca de 300 m2. São aproximados 27 metros de largura com 12 de altura”, disse Alain. O modelo é o CS250, pesa 35 toneladas e necessita de um terreno com área de 50 x 30 metros para ser levantada.
“Para montar, pedimos cinco dias, mas geralmente fazemos tudo em três ou no máximo quatro. A ideia é ter um dia de folga para corrigir eventualidades”, diz. A mesma precaução é tomada com os projetores digitais profissionais. A Cinerent estabeleceu trabalhar com os da marca norte-americana Christie. Eles viajam com dois projetores. Um com qualidade de resolução 4K e um segundo como “estepe”, usado apenas para alguma eventualidade, com resolução 2K.
O técnico revela que trabalha em um dos seis grupos da empresa que viaja pelo mundo mostrando o que neste dezembro está sendo mostrado no Caxangá Golf & Country Club do Recife.
Alain lembrou também que, além das cidades suíças, já projetou pela Cinerent em Sidney (Austrália), Düsseldorf (Alemaha), Okinawa (Japão) e no Brasil o evento já passou também por Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Curitiba.
PROGRAMAÇÃO
07 de dezembro (quarta-feira)
Abertura da casa: 19h
Sessão: 21h
Filme: Pré-estreia – Michelle e Obama
08 de dezembro (quinta-feira)
Abertura da casa: 19h
Show Instrumental: 19h30 A banda de Joseph Tourton
Sessão: 21h
Curta: Até a China
Filme: Touro Indomável ou Táxi Driver (Legendagem Eletrônica)
09 de dezembro (sexta-feira)
Abertura da casa: 19h
Show Instrumental: 19h30 Hugo Linns
Sessão: 21h
Filme: O Lar das Crianças Peculiares (Legendado)
Atração: 23h Los Sebosos Postizos
10 de dezembro (sábado)
1ª sessão
Abertura da casa: 19h
Show Instrumental: 19h30 CTRLBEAT
Sessão: 20h
Filme: Pré-estreia – A Qualquer Custo (Legendado)
Sessão Especial
Abertura da casa: 23h CTRLBEAT
Sessão: 00h
Filme: O Silêncio dos Inocentes (Legendado)
11 de dezembro (domingo)
1ª Sessão
Abertura da casa: 16h com recreação infantil
Sessão: 18h
Filme: Procurando Dory (dublado)
2ª Sessão
Abertura da casa: 20h30
Sessão: 21h
Filme: Spotlight
14 de dezembro (quarta-feira)
Abertura da casa: 19h
Sessão: 21h
Filme: Pré-estreia – Minha Mãe É uma Peça 2
15 de dezembro (quinta-feira)
Abertura da casa: 19h30
Show Instrumental: 19h30 CTRLBEAT
Sessão: 21h
Filme: Apocalypse Now ou O Poderoso Chefão 2 (Legendagem Eletrônica)
16 de dezembro (sexta-feira)
Abertura da casa: 19h
Show Instrumental: 19h30 A banda de Joseph Tourton
Sessão: 21h
Filme: Dirty Dancing (Legendagem Eletrônica)
17 de dezembro (sábado)
1ª sessão
Abertura da casa: 19h
Show Instrumental: 19h30 Amaro Freitas
Sessão: 20h
Filme: Esquadrão Suicida (Legendado)
Sessão Especial
Abertura da casa: 23h Amaro Freitas
Sessão: 00h
Filme: O Iluminado (Legendado)
18 de dezembro (domingo)
Abertura da casa: 16h com recreação infantil
Sessão: 18h
Filme: Frozen (dublado)
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