E a onda do ‘reboot’ chega a ‘Os Trapalhões’
Novos ‘Trapalhões’ estreia no canal ‘Viva’ no 17 de julho e, em setembro, chega à TV Globo.
Por Luiz Joaquim | 29.06.2017 (quinta-feira)
A TV Globo não tem um mas sim infinitos produtos criativos em sua manga, elaborados e levados ao ar ao longo de seus 52 anos de existência. Um destes mais valiosos tesouros é sem dúvida aquilo que viria a ser tornar uma febre de benvindas palhaçadas, sempre aos domingos, tendo seduzido os telespectadores, principalmente ali pelo final dos 1970 e início dos 1980. Era o programa humorístico Os trapalhões.
Desde que a trupe de Didi (Renato Aragão), Dedé (Dedé Santana), Mussum (1941-1994) e Zacarias (1934-1990) encerrou o programa – na Globo, foi de 1977 a 1994, fechando o formato tradicional, com a morte de Mussum –, a emissora ficou com um buraco em sua programação humorística.
Nunca voltou a produzir algo que atendesse o público infantil (sem infantilizá-lo) e que, ao mesmo tempo, oferecesse alguma malícia (sem baixar o nível) para o público adulto.
De olho no eterno alto valor desse tesouro, a emissora produziu uma nova versão de Os trapalhões, que irá ao ar dia 17 de julho próximo, pelo canal pago ‘Viva’, e em setembro os episódios estarão no canal aberto da Globo. A nova versão homenageia os 40 anos da estreia do programa original.
Didi agora será Didico (Lucas Veloso), Dedé é Dedeco (Bruno Gissoni), Mussum é Mumu (Mumuzinho), e Zacarias é Zaca (Gui Santana). Fazem parte também do elenco fixo Nego do Borel como Tião (vivido por Tião Macalé, 1926-1993), e Ernani Moraes como Sargento Pincel (antes, Roberto Guilherme).
Quem aparece no episódio inicial são Renato Aragão e Dedé Santana, como dois mestres do humor que ‘educam’ os iniciantes. Aragão, inclusive, co-escreve o roteiro do programa que será dirigido por Ricardo Waddington.
Para saudosista e puristas, é fácil imaginar que a aposta pode dar errada conforme a nova trupe não consiga estabelecer sua própria personalidade, e descambe para o mimetismo que só reforçará o saudosismo dos originais episódios, e consequente condenação destes novos trapas do século 21. A ver.
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