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Críticas

Lara Croft: Tomb Raider (2001)

A primeira adaptação do game para o cinema (e outras estreias que a acompanharam em 2001)

Por Luiz Joaquim | 15.03.2018 (quinta-feira)

–Publicado Originalmente em 6 de julho de 2001 no site “Tô na Boa”

Mulheres protagonizam os dois novos filmes que mais chamam a atenção nesse fim de semana. Uma é Angelina Jolie (de Garota Interrompida), que interpreta Lara Croft, figura bastante conhecida por uma multidão de crianças e adolescentes vidrados na série do game Tomb Raider. O filme Lara Croft – Tomb Raider (idem, EUA, 2000), estréia hoje (06.jul.2001) no Brasil inteiro. Já a mexicana Pillar Padilla é uma desconhecida completa do público de cinema mundial. Contratada para ser a ‘escada’ para os teste iniciais da escolha de elenco de Pão e Rosas (Bread and Roses, Reino Unido/Suíça/ França/  Espanha, 2000), Padilla acabou ganhando a simpatia do cineasta inglês Ken Loach e também o papel principal neste seu novo trabalho. Este novo filme do mesmo diretor de Meu Nome é Joe está sendo projetado em caráter de pré-estréia, amanhã (07.jul.), no Cinema da Fundação, às 20h.

Enquanto Lara Croft objetiva levar ao cinema os mais de 20 milhões de consumidores do joguinho eletrônico com a versão de (muita) carne e osso da arqueóloga que precisa recuperar um amuleto perdido pelo pai, Pão e Rosas vem com a intenção de focar um olhar bastante crítico sobre a situação de exploração vivida por imigrantes nos EUA. É o cinema político e carregado de humanismo de Loach.

O que se vê na ação capitaneada pela heroína virtual de Lara CroftTomb Raider, dirigido por Simon West, é Jolie viajando pelo Camboja, Sibéria e Veneza enquanto  solta tiros pra matar, escala paredes e mergulha onde não deve, tudo para chegar num universo paralelo e terminar a missão que Lord Croft (interpretado por Jon Voight, pai de Jolie na vida real), havia iniciado para salvar o mundo. Os personagens masculinos são praticamente relegados a segundo plano. Falando em homens, Jolie anunciou que sua preparação para o papel puxado foi a base de muito sexo com seu marido, Billy Bob Thornton. Moderno? O que há de melhor no filme é a trilha sonora. Atenção, e muita atenção, no som propagado por Groove Armada, Fatboy Slim, U2, Nine Inch Nails e Chemical Brothers entre outros (escutem em http://www.tombraidermovie.com.br ).

PARA A MOLECADA – Tem mais duas estréias, sofríveis, nos cinemas, bastante direcionada para os pequenos. Quem está a frente da primeira é Robert Rodriguez. Ele mesmo… o diretor de El Mariachi e Um Drink no Inferno). Como em Balada de Um Pistoleiro, Rodriguez trabalha novamente com Antonio Banderas. Aqui, o ator espanhol faz uma caricatura de si mesmo. Ele é casado com Carla Gugino. O casal é seqüestrado e quem toma a cena da ação são os atores mirins Alexa Vega e Daryl Sabará. Eles fazem os filhos do casal, e  buscam resgatar os pais de um vilão que quer dominar o mundo. Original?

A outra produção que disputa a atenção da molecada é a terceira investida dos Pokémon nos cinemas. Pokémon 3 (idem, EUA, 2001). Será que alguma criança ainda está interessada nas diabruras do Pikachu e companhia? Parece que não. Enquanto o primeiro longa da série na telona rendeu 86 milhões de dólares, esse terceiro episódio arrecadou apenas 17 milhões na América. Desse jeito, tudo indica que Tainá vai reinar nessa temporada de filmes infantis no cinema. Graças a excelente bilheteria na semana de estréia no Recife, a historinha da indiazinha amazonense ganhou mais uma semana de permanência nos multiplex da cidade.

NA TV – Imperdível: neste domingo, tem início na HBO (DirecTV) uma série sobre a vida e obra do gênio Stanley Kubrick. São duas horas e meia de imagens, dividida por três capítulos, detalhando curiosidades da meticulosa metodologia empregada por esse homem e sua inestimável contribuição para a sétima arte.

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