Bridget Jones
Mulheres, suas perspectivas, e perspectivas sobre elas.
Por Luiz Joaquim | 23.05.2018 (quarta-feira)
– publicado originalmente em 27 de Julho de 2001 no site Tô na boa
Esta semana (27.jul.2001) chega, finalmente, com estréia para adultos nos multiplex. Ao todo, quatro filmes novos oxigenam o complexo de salas no Tacaruna e Shopping Recife. Mas, apenas um deles, a pré-estréia (hoje e amanhã) de O Diário de Bridget Jones (Bridget Jones’s Diary, EUA, 2001), vale uma corrida ao cinema. Há também a estréia da comédia de confusões Quem É Essa Mulher? (One Night at McCool’s, EUA, 2001) que, com seu afinado elenco, pode cair na graça de muita gente.
A também comédia O Diário… é baseado no romance campeão de vendas escrito por Helen Fielding, e retrata com extrema espiritualidade a desregrada vida sentimental de uma pesquisadora dos efeitos da indústria televisiva. Ela é Bridget Jones (Renée Zellweger, de Enfermeira Betty, inédito no Recife). Uma londrina de 30 e poucos anos que, ao acordar, num dia de ano novo, percebe tristemente, que está sozinha. Pior ainda porque, naquele dia, a moça tem de participar de um buffet anual com seus pais. Mas o encontro vira uma boa surpresa quando Jones descobre entre os convidados o advogado Mark Darcy (Colin Firth). So que, o fato de o sujeito ser rude com sua mãe, reforça ainda mais a ideia na cabeça de Jones que seu destino é seguir a vida como uma solteirona.
De volta a Londres, Jones toma uma decisão: resolve manter um diário e bola aquelas promessas de início de ano do tipo: perder peso, parar de fumar 5.277 cigarros por ano e encontrar um delicado, sensível e estável namorado. Sua primeira atitude é parar de fantasiar com o enigmático Daniel Cleaver (Hugh Grant) seu chefe na agência publicitária onde trabalha. Mas nada dá certo quando ela fica cara a cara com Daniel. O filme. A estrutura do roteiro bem adaptado garante ótimos momentos no sala escura.
MULHERES PODEROSAS – No cinema da Fundação tem a pré-estréia (às 21h40 deste Sábado 28.jul) de De que mulher é essa? (One night at McCool’s, EUA, 2001). História de poder que certas mulheres exercem sobre os homens e sobre como a mesma história pode ser contada do mesmo ponto de vista de acordo com aqueles que estão nela envolvidos.
Tudo começa a noite, num bar do McCool, quando três homens deixaram-se envolver por uma mulher linda e jovem e com muitos sonhos de consumo.
Um dos homens é o barman Randy (Matt Dillon), Carl (Paul Reiser, da série Mad About You) é o seu primo, um advogado, e o detetive Dehling (John Goodman) que só apareceu depois do lugar ter virado a cena de um crime.
Além do cadaver estendido no chão do bar, também passou por lá a enlouquecedora Jewel (Liv Tyler). Antes que a noite terminasse ela teria se tornado várias coisas: matou o ex-namorado foi morar com o barman, fez o pretensioso advogado tornar-se um submisso, e reacordou o detetive para a vida.
O confessor de Randy é Burmeister (Michael Douglas, também produtor do longa), um matador de aluguel viciado em bingo. Carl consulta a psicanalista Naomi Green (Reba McEntire), enquanto Dehling escolhe o padre Jimmy (Richard Jenkins) em busca do perdão por ter esquecido a mulher falecida e estar desejando aquela jovem mulher.
O legal é que, a cada perspectiva de um desses diferentes homens, vamos conhecendo uma Jewel diferente por cada história. Por exemplo, os olhos de Dehling vê um anjo, virginal, inocente. Pelos olhos de Randy ela está mais próxima da realidade. E Carl a enxerga como uma devassa.
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