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Críticas

As Aventuras de Sharkboy e Lavagirl em 3-D

Heróis do mundo dos sonhos

Por Luiz Joaquim | 19.07.2018 (quinta-feira)

-publicado originalmente no jornal Folha de Pernambuco

O que há de destacável em As Aventura de Sharkboy e Lavagirl em 3-D (The Adventures Of Sharkboy And Lavagirl In 3-D, EUA, 2005), hoje nos cinemas, está no fim do título do filme. Cinema com efeito de projeção em  três dimensões é um formato anacrônico que aparentemente só atrairia velhos cinéfilos saudosos de antigas matinês de 20, 30, 40 anos atrás. Mas felizmente o diretor Robert Rodriguez (de Balada do Pistoleiro) resolveu retomar o formato para que uma nova geração também passe pela experiência visual com os famigerados óculos de papel.

Já em 2003, Rodriguez havia experimentado a brincadeira com Spy-Kids 3-D. O bom no novo filme é que ele trás mais minutos com o efeito tridimensional, e segundo diz a imprensa norte-americana, a nova produção não causa dor de cabeça como causou o anterior. O mau aqui, é que a história (co-escrita com, Racer, o filho pequeno de Rodriguez) não deixa nenhuma dúvida do quão limitado um menino pode ser como roteirista de um filme.

No enredo, Max (Cayden Boyde) é um garoto que vive mais no mundo dos sonhos que no da vida real. De tanto acreditar nos sonhos que tem ao dormir, acaba sendo mal visto na escola e acaba escutando de todo mundo que ele tem de parar de sonhar. É quando os heróis de seus sonhos – Sharkboy (um garoto que foi criado por tubarões) e Lavagirl (uma menina com a força quente de um vulcão) – aparecem na escola dele e o levam para ajudar a salvar um planeta imaginário.

Procurar sentido aqui é inútil. Este mote alucinado dá margem ao filme para exagerar nos efeitos digitais que formam as paisagens do tal planeta imaginário. As paisagens digitais aqui acabam por empobrecer as sensações de realidade e potencialidade de carga maciça que o 3-D teria a oferecer. O resultado é um filme assemelhado a um jogo de vídeo-game, só que na forma tridimensional.

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