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Críticas

Eu, Eu Mesmo e Irene

Quem vai ficar com Irene?

Por Luiz Joaquim | 17.10.2018 (quarta-feira)

— publicado originalmente em 12 de Outubro de 2000 no Jornal do Commercio.

Sobre a comédia Eu, eu mesmo e Irene (Me, myself and Irene, EUA, 2000), dos irmãos Bobby e Peter Farrelly – diretores de Quem vai ficar com Mary?, aqui, eles dirigem, mais uma vez, Jim Carrey (o trio esteve junto em Debi e Lóide). Carrey vive Charlie, um policial bonzinho que descobre estar sendo traído pela esposa com o anãozinho que dirigiu sua limusine na noite em que se casou. Nove meses depois, Irene foge com o anão e deixa os trigêmeos gerados pelo nanico sob a tutela de Charlie. Por 18 anos, o policial cria os meninos com a maior devoção, e eles acabam por se tornar três gênios de QI altíssimo.

Boa parte da graça do filme fica por conta da divertida relação entre o bobo Charlie e seu intelectualizados trigêmeos. Mas o non sense continua com os surtos de avançada esquizofrenia com fúria narcisista involuntária que Charlie começa a manifestar. A doença consiste em concentrar todas suas ações em uma nova personalidade. Ao contrário do dócil Charlie, o personagem de Carrey começa a atender por outro nome, Hank, que age como uma versão caricaturada de Dirty Harry (famoso policial durão dos anos 70, vivido por Clint Eastwood). As confusões aumentam quando Charlie/Hank reencontra Irene e ambos, num conflito de personalidade, decidem conquistá-la cada um a seu jeito.

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