22a. Tiradentes (2019) – abertura
Grace Passô, como homenageada, inaugura hoje a 22a. edição da Mostra que refresca o cinema brasileiro.
Por Luiz Joaquim | 18.01.2019 (sexta-feira)
Acima, a homenageada Grace Passô em foto de Andréa Capella.
TIRADENTES (MG) – Ontem ela entrou em cartaz, no circuito comercial de exibição, em mais de 20 cidades brasileiras, protagonizando o lindo e premiado Temporada, de André Novais Oliveira. Hoje ela será celebrada na mais emblemática mostra brasileira para nossa produção contemporânea. Ela é Grace Passô e o evento é a Mostra de Cinema de Tiradentes, inaugurando hoje sua 22ª edição, com programação intensa, projetando 108 filmes até 26 de janeiro na histórica cidade mineira.
O filme que abre a mostra à noite traz a atriz homenageada assinando a direção (ao lado de Ricardo Alves Jr.) do média-metragem experimental Vaga carne, que é uma adequação ao cinema de sua elogiada peça, em que Passô fica quase uma hora sozinha em cena.
Será só o começo de uma festa para os olhos, ouvidos e para o intelecto daqueles que estarão por aqui. Já estabelecido como o primeiro pontapé cinematográfico (sério) do Brasil na agenda de eventos de cada ano, a mostra habitualmente atrai holofotes para seu programa competitivo – “Aurora” – pelo qual realizadores disputam o Troféu Barroco pelo seu primeiro, segundo ou terceiro longa-metragem.
Além do “Aurora”, outros diversos e marcantes títulos são distribuídos nos não-competitivos (pela ótica do júri oficial) programas “Olhos Livres”; “Homenagem”; “Corpos Adiante”; “Praça”; “Mostrinha” e “Valores”.
Neste 2019, temos no “Aurora” sete selecionados com obras pautadas pela inventividade estética, marca dessa sessão e da Mostra de Tiradentes como um todo. Terão seus filmes projetados no Cine-Tenda, de cerca de 700 lugares, Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro (A rosa azul de Novalis, SP); Junia Torres e Isabel Casimira (A rainha Nzinga chegou, MG); Elena Meirelles e Lívia de Paiva (Tremor Iê, CE); Caetano Gotardo ( Seus osso e seus olhos, SP); Getúlio Ribeiro (Vermelha, GO); Arthur Lins (Desvio, PB); e Jo Serfaty (Um filme de verão, RJ).
Igualmente cobiçado é o programa “Foco”, cujos curtas-metragens que o compõem estarão também sob o julgo do júri oficial da Mostra. As exibições da “Foco” iniciam segunda-feira (21) e contam com 12 concorrentes divididos em três programas. Neste 2019, Fellipe Fernandes representa Pernambuco com o seu Tempestade (exibe quarta-feira, 23).
PERNAMBUCO – Além de Fellipe Fernandes e Jean Santos, correndo pela “Olhos Livres” com seu longa Super-pina: gostoso é quando a gente faz! (exibe segunda-feira) e também com o curta-metragem Insipiente (exibe quinta-feira no programa “Panorama”), a produção pernambucana aparece registrado em um dos títulos que encerrará a Mostra.
Trata-se Depois da farsa, longa-metragem que, apesar da vinculação ao Estado, é dirigido por quatro realizadores de estados distinto. Cristiano Burlan (gaúcho), Dellani Lima e Taciano Valério (paraibanos) e Frederico Machado (maranhense).
Outros títulos de Pernambuco marcando o ponto em Tiradentes são os curtas Bup – no programa “Panorama” (exibe quarta-feira) – de Dandara de Morais (também atuando em Superpina); Reforma (quinta-feira) e Guaxuma (sexta-feira), dirigidos por Fábio Leal e Nara Normande respectivamente.
Pernambuco também está presente na agenda desta 22a edição de Tiradentes com o jornalista Luiz Joaquim (editor deste CinemaEscrito.com), quando participa da agenda de lançamento de seu livro Cinema brasileiro nos jornais: Uma análise da crítica cinematográfica na Retomada, às 11h30 deste domingo (20), no Cine-Teatro Sesi, no Centro Cultural Yves Alves.
Uma outra profissional pernambucana – Carol Almeida – participa da Mostra como crítica convidada para integrar a mesa de debate do longa cearense Tremor Iê, na quarta-feira pela manhã.
Acompanhe a Mostra de Cinema de Tiradentes diariamente por aqui, pelo CinemaEscrito.com, em seu 13a ano consecutivo de cobertura jornalística.
*Viagem a convite do festival
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