Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul (2020)
Programação vai de 21 a 30/10 e conta com mais de 100 filmes online, cursos e bolsas para projetos
Por Luiz Joaquim | 20.10.2020 (terça-feira)
– acima, imagem do filme Abolição.
O Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul: Brasil, África, Caribe e Outras Diáspora que, desde 2007 reúne, na cidade Rio de Janeiro, diretores, cineastas e amantes do cinema negro, terá agora edição virtual por dez dias. São 36 sessões formadas por curtas, médias e longas-metragens, totalizando 130 filmes. Um dos destaques desta edição será a relação entre o cinema e suas trilhas sonoras. O desejo é, nesta experiência virtual do festival, atingir o limite de 1.200 pessoas para cada sessão.
Nesta edição virtual, além das sessões com os filmes, será ofertado cursos e masterclass, também online. Por nove dias, na parte da manhã, haverá também um webinar. A plataforma do Encontro 2020 será da INNSAEI e os ingressos serão gratuitos.
Uma das novidades dessa edição será a Gira de projetos Zózimo Bulbul, destinada a roteiristas. Consiste em selecionar nove projetos para participação de um pitching, realizado durante o Encontro. Os nove projetos selecionados concorrerão a um aporte financeiro e consultorias especializadas com duração de : um mês para curta-metragens; três meses para obras seriadas; e seis meses para longas-metragens. As bolsas terão investimento total de R$ 50 mil, distribuídas em R$5 mil (curta-metragem); R$ 15 mil (obra seriada); R$ 30 mil (longa-metragem).
Nesta edição, também, o Encontro homenageará os 60 anos da independência do Mali e promove um bate-papo com o cineasta malinês, de 80 anos, Souleymane Cissé. Para Janaína Oliveira, uma das curadoras do Encontro, “seu estilo e liberdade nas estratégias narrativas mostram a qualidade incontestável de seus filmes, proporcionando uma oportunidade única de viajar na história e perceber as transformações na trajetória das cinematografias africanas”.
O festival lembra que “em 2020, Zózimo Bulbul completaria 83 anos (1937-2013) e, mesmo após a sua partida para o Orun, o Encontro…, fundado por ele em 2007, tem sido realizado anualmente, seguindo a mesma disposição, orientação e valores agregadores pensados pelo cineasta”.
E segue: “o Encontro reúne profissionais do audiovisual em um espaço que se propõe a ser, para além de um festival de cinema, um espaço de confiança, troca, crescimento, conhecimento e formação de cineastas negros brasileiros, africanos, caribenhos e das américas de uma forma geral. Conduzido por mulheres, tornou-se um espaço afro-diaspórico que valoriza as diversidades territoriais, de gênero e pensa de uma forma mais ampla as trocas intergeracionais”.
Mais informações no site (clique aqui).
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