24º Cine-PE (2020) – Premiados
“Mulher Oceano”, de Djin Sganzerla, leva o título de melhor longa-metragem
Por Luiz Joaquim | 18.12.2020 (sexta-feira)
– com infos da assessoria do festival.
O 24º Cine PE: Festival do Audiovisual, ou o Novo Cine PE, como vem sendo chamado, consagrou o filme Mulher oceano como Melhor Longa-Metragem escolhido pelo júri oficial do evento. A ficção da paulistana Djin Sganzerla, que também atua como atriz principal na película (foto acima), conta a história de duas mulheres brasileiras que têm uma profunda ligação com o mar: uma escritora que está vivendo em Tóquio e uma atleta de travessia oceânica no Rio de Janeiro. As histórias se cruzam quando, sem perceber, a nadadora estranhamente tem seu corpo transformado em uma espécie de Oceano interior. Mulher oceano também premiou Djin Sganzerla como Melhor Atriz do Cine PE 2020 e levou ainda os Calungas de Prata de Melhor Montagem e Melhor Direção de Arte.
O documentário gaúcho O que pode um corpo?, de Victor Di Marco e Márcio Picoli, ganhou os prêmios de Melhor Curta Nacional e Melhor Roteiro, além de faturar os Calungas de Trilha Sonora e Melhor Fotografia. Enquanto que na Mostra Competitiva de Curtas Pernambucanos o vencedor foi a animação Nimbus, de Marcos Buccini, que também abocanhou o Melhor Roteiro para o quarteto formado por Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão e o próprio Marcos Buccini.
Os seis longas e 31 curtas exibidos na 24ª edição do Cine PE passaram pelo crivo dos 11 jurados selecionados para o Júri Oficial: Adriano Portela (PE), Sérgio Rezende (RJ), Kalyne Almeida (PB), Sandra Ribeiro (PE), Bianca de Felippes (RJ), Ilona Wirth (BA), Vitor Burigo (SC), Cacá Soares (PE), Paula Barreto (RJ), Beto Rodrigues (RS) e Paulo Mendonça (RJ).
O longa-metragem documental Memórias afro-atlânticas, da baiana Gabriela Barreto, também foi um dos destaques desta edição, levando para casa os Calungas de Melhor Direção e Melhor Roteiro além de ter sido o escolhido pelos críticos especializados Júlio Bezerra (MS), Marco Tomazzoni (SP) e Maria Caú (RJ) como o melhor longa de acordo com o Júri Abraccine (Associação Brasileira de Críticos de Cinema).
Os jurados ainda concederam uma menção honrosa ao curta pernambucano Cozinheiras de terreiro, com direção de Tauana Uchôa, “pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado”. Já os personagens do doc Eu.tempo, da também pernambucana Thaíse Moura, participante da Mostra Nacional de Curtas-Metragens, também receberam menção honrosa do júri oficial por suas histórias e vivências inspiradoras.
O público que assistiu às mostras competitivas do Cine PE escolheu como melhor curta-metragem da Mostra Competitiva de filmes pernambucanos a película Cozinheiras de terreiro, documentário da diretora Tauana Uchôa. O melhor filme da Mostra Competitiva de Curtas Nacionais, segundo o júri popular, foi Eu.Tempo, um documentário pernambucano da diretora Thaíse Moura. Complementando, o júri popular escolheu como o Melhor Longa Metragem desta edição,o doc Memórias Afro-Atlânticas, da diretora baiana Gabriela Barreto. Foram 108.312 votantes no site e app do festival.
O Canal Brasil, que nesta edição foi o exibidor oficial do Cine PE, concedeu o Prêmio Canal Brasil de Curtas ao filme Manaus Hot City, uma ficção do estado do Amazonas e do diretor Rafael Ramos. O prêmio tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. A escolha do vencedor desse prêmio foi feita por um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados. O melhor curta receberá o Troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$15 mil.
CONFIRA A LISTA COMPLETA DE PREMIADOS:
CURTAS-METRAGENS PERNAMBUCANOS
Melhor Filme – Nimbus, Direção: Marcos Buccini / Animação
Melhor Direção – Felipe Soares – Filme: O Menino que morava no som / Ficção
Melhor Roteiro – Diego Credidio, Luciana De Mari, Isabella Aragão, Marcos Buccini – Filme: Nimbus / Animação
Melhor Fotografia – Amanda Lira, Jefferson Nascimento, Marlom Meirelles, Patrícia Lindoso e Raphael Ferreira – Filme: Mata / Documentário
Melhor Montagem – Daniel Barros – Filme: Presente de Deus / Documentário
Melhor Edição de Som – Adam Matschulat – Filme: O Menino que morava no som / Ficção
Melhor Direção de Arte – Thiago Amaral – Filme: O quarto Negro / Ficção
Melhor Trilha Sonora – Antônio Nogueira – Filme: O mundo de Clara / Animação
Melhor Ator – Maycon Douglas – Filme: O Menino que morava no som / Ficção
Melhor Atriz – Zezita Matos – Filme: O Quarto Negro / Ficção
Menção Honrosa – Cozinheiras do Terreiro – Direção: Tauana Uchôa, pela narrativa feminina que unida à força do tema evoca uma brilhante reflexão sobre fé, serviço e sagrado.
MOSTRA COMPETITIVA DE CURTAS-METRAGENS NACIONAIS
Melhor Filme – O que pode um corpo? – Direção: Victor Di Marco e Márcio Picoli / Documentário (RS)
Melhor Direção – Victor Di Marco e Márcio Picoli – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Roteiro – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)
Melhor Fotografia – Bruno Polidoro – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Montagem – Victor Marinho – Filme: Vigia – Um olhar para a morte / Ficção (BA)
Melhor Edição de Som – Paulo Umbelino – Filme: Eu.tempo / Documentário (PE)
Melhor Direção de Arte – Lia Letícia – Filme: Ex-humanos / Ficção (PE)
Melhor Trilha Sonora – Casemiro Azevedo e Vitório O. Azevedo – Filme: O que pode um corpo? / Documentário (RS)
Melhor Ator – Paulo Copioba – Filme Reagente / Ficção (RJ)
Melhor Atriz – Cássia Damascenso – Filme: Vai Melhorar / Ficção (RN)
Menção Honrosa – Filme: Eu.tempo – Direção Thaíse Moura / Documentário (PE), o júri concedeu menção honrosa aos personagens do filme por suas histórias e vivências inspiradoras, carisma, emoção e pela maneira como tratam o tempo de forma subjetiva em uma crônica audiovisual lírico-afetiva.
MOSTRA COMPETITIVA DE LONGAS-METRAGENS:
Melhor Filme – Mulher Oceano – Direção: Djin Sganzerla / Ficção (SP)
Melhor Direção – Gabriela Barreto – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)
Melhor Roteiro – Cassio Nobre e Xavier Vatin – Filme: Memórias Afro-Atlânticas / Documentário (BA)
Melhor Fotografia – Beto Martins – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)
Melhor Montagem – Karen Akerman – Filme Mulher Oceano/ Ficção (SP)
Melhor Edição de Som – Caio Barreto, Alexandre Griva e Melhor do Mundo Estúdios – Filme: Ioiô de Iaiá /Documentário (RJ)
Melhor Direção de Arte – Isabela Azevedo – Filme: Mulher Oceano/ Ficção (SP)
Melhor Trilha Sonora – Nicolau Domingues e Caio Domingues – Filme: Nós, que ficamos / Documentário (PE)
Melhor Ator – Guili Arenzon – Filme: Mudança / Ficção (RS)
Melhor Atriz – Djin Sganzerla – Filme: Mulher Oceano / Ficção (SP)
Melhor Ator Coadjuvante – Eron Cordeiro – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)
Melhor Atriz Coadjuvante – Débora Duboc – Filme: O Buscador / Ficção (RJ)
JÚRI POPULAR
Melhor Longa-Metragem – “Memórias Afro-Atlânticas” documentário da diretora Gabriela Barreto da Bahia
Melhor Curta Nacional – “Eu.Tempo” documentário da diretora Thaíse Moura de Pernambuco
Melhor Curta Pernambucano – “Cozinheiras de Terreiro” documentário da diretora Tauana Uchoa
PRÊMIO DA CRÍTICA/ABRACCINE
Melhor Longa-Metragem – Por se debruçar sobre uma história riquíssima e pouco conhecida de documentação dos terreiros de candomblé de Salvador e do Recôncavo Baiano (retratando a herança e memória linguísticas de personalidades religiosas como Mãe Menininha do Gantois, Joãozinho da Goméia e Manoel Falefá) e traçar uma espécie de quebra-cabeça em torno desse achado com a ajuda de personagens interessantes e carismáticos, revelando como essa tradição oral sobrevive e a importância de documenta-la, o Júri Abraccine concede o título de melhor filme para “Memórias Afro-Atlânticas”, de Gabriela Barreto.
Melhor Curta Nacional – Por construir uma espécie de ensaio-crônica sobre o tempo, conjugando uma certa simplicidade formal com um lirismo afetivo marcado por impressões e memórias, conduzido por paisagens e entrevistados (não especialistas que revelam a profundidade de suas vivências ditas comuns), o júri da Abraccine concede o prêmio de melhor curta-metragem a “Eu.tempo”, de Thaíse Moura.
PRÊMIO AQUISIÇÃO DO CANAL BRASIL – Melhor Curta: Manaus Hot City.
O Prêmio Canal Brasil de Curtas tem como objetivo estimular a nova geração de cineastas, contemplando os vencedores na categoria curta-metragem dos mais representativos festivais de cinema do país. Um júri convidado pelo Canal Brasil e composto por jornalistas especializados em cinema escolhe o melhor curta em competição que recebe o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$ 15 mil.
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