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Reportagens

#EmCasaComSesc divulga as estreias da semana

Rohmer, Coutinho e muito mais na programação gratuita do Sesc em Casa.

Por Amanda de Luna | 28.02.2021 (domingo)

– com informações da assessoria do Sesc. Acima, imagem de Conto de Primavera, de Rohmer.

Em meio ao cenário pandêmico, a inclusão e aprimoramento dos canais digitais e redes sociais do Sesc têm garantido a continuidade das ações socioculturais promovidas pelo serviço e na divulgada ação #EmCasaComSesc. Por meio streaming, o público encontra espaço para acompanhar e ter de casa acesso a conteúdos e obras marcantes do cinema. Nesta semana, novos filmes chegam à plataforma.

De imediato, percebe-se a inclusão de reconhecidas e premiadas obras a enriquecer o catálogo. Entre os longas estreantes, o destaque fica com O conto de primavera, de Eric Rohmer, obra que faz parte de uma série de filmes que homenageiam não apenas os 60 anos da Nouvelle Vague, mas também os 100 anos do diretor, pioneiro do movimento. A produção integra o conjunto de quatro longas, intitulado Os contos das quatro estações, trazendo à tona a característica abordagem sobre relacionamentos, suas profundidades e a filosofia que compõe o cinema de Rohmer.

Passam ainda a fazer parte do catálogo os filmes Timbuktu, de Abderrahmane Sissako, e O fio da memória, de Eduardo Coutinho. O primeiro, uma coprodução França e Mauritânia, lançado em 2014, foi participante de várias premiações, entre elas, o Festival de Cannes, onde concorreu ao Palma de Ouro, tendo ganhado neste mesmo circuito o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio Chalais François. Timbuktu, foi também um dos nomeados ao Oscar como melhor filme estrangeiro e, no ano seguinte, indicado ao BAFTA de melhor filme em língua não inglesa.

O segundo, documentário produzido no fim da década de 1980, realizado por um dos grandes nomes do documentário brasileiro, Eduardo Coutinho, O fio da memória marca a celebração do Centenário da abolição da escravatura, através de uma narrativa que se debruça sobre a cultura e identidade da comunidade negra inserida no imaginário brasileiro e na escravidão.

Estreia ainda no serviço, a Mostra Futuro Presentes: Cinemas Europeus, uma parceira entre Sesc São Paulo e a Eunic (European Union National Institutes for Culture). A mostra segue até 1º de abril, período em que os filmes selecionados serão exibidos semanalmente e podem ser conferidos clicando aqui.

Os longas também estão disponíveis de forma gratuita (clique aqui) para todos os interessados.

Confira a programação abaixo:

PROGRAMAÇÃO STREAMING – a partir de 25/2

CONTO DE PRIMAVERA
Dir.:  Eric Rohmer | França  | 1990 | 108 min | Ficção | 12 anos
Sinopse: Jeanne pode ter as chaves de dois apartamentos diferentes, mas ela sente que não tem onde dormir. Enquanto isso, tudo que Natasha quer é alguém para dividir seu apartamento em Paris, onde seu pai, Igor, raramente fica. Elas se encontram numa noite em que as duas se sentem particularmente incomodadas e, em poucos dias, tornam-se inseparáveis. Natasha já não gosta mais da namorada de seu pai e ela não se importaria se o amor florescesse entre Jeanne e Igor…

TIMBUKTU
Dir.: Abderrahmane Sissako | França, Mauritânia | 2014 | 97 min | Ficção | 14 anos
Sinopse: Timbuktu está mergulhada em silêncio, portas fechadas e ruas desertas. Já não há música, futebol e nem cigarros. Acabaram-se as cores, os risos, e as mulheres tornaram-se sombras. Extremistas religiosos espalham o terror pela região. Longe do caos, nas dunas, Kidane leva uma vida tranquila com a mulher e sua filha. A tranquilidade acaba quando Kidane mata um homem acidentalmente.

O FIO DA MEMÓRIA
Dir.: Eduardo Coutinho | Brasil | 1991 | 80 min | Documentário | Livre
Sinopse: Segundo documentário de longa-metragem de Eduardo Coutinho, O fio da memória foi realizado, sob encomenda, por ocasião do centenário da abolição da escravidão no Brasil, completado em 1988. O filme procura condensar, em personagens e situações do presente, a experiência negra no Brasil a partir de dois eixos – as criações do imaginário, sobretudo na religião e na música, e a realidade do racismo, responsável pela perda de identidade étnica e pela marginalização de boa parte dos milhões de brasileiros de origem africana. O filme acompanha Gabriel Joaquim dos Santos, trabalhador de uma mina de sal, semi-analfabeto e artista. Ele construiu em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, a Casa da Flor, uma casa de arte feita com objetos encontrados no lixo.

PROGRAMAÇÃO MOSTRA FUTUROS PRESENTES: CINEMAS EUROPEUS – a partir de 24/2

MÚSICA E APOCALIPSE
Weitmarchen Sanssouci | Dir.: Max Linz | Alemanha | 2019 | 80 minutos |Ficção | 14 anos [Disponível por 30 dias]
Sinopse: A cientista climática Phoebe Phaidon é contratada pelo Instituto de Cibernética da Universidade de Berlim para assumir o seminário “Introdução a Estudos de Simulação” de Brenda Berger, chefe do instituto. Brenda precisa se dedicar ao seu projeto que é financiado externamente – uma simulação virtual das mudanças climáticas – na esperança de evitar a ameaça de paralisação de seu instituto pelo conselho universitário. Tudo depende de uma avaliação bem-sucedida no final do semestre. Phoebe é obrigada a trabalhar na simulação, e um consultor corporativo é contratado como coach motivacional para os funcionários do instituto. Enquanto isso, o professor Alfons Abstract-Wege ganha atenção com um projeto sobre controle nutricional. Os alunos de Phoebe suspeitam de um interesse corporativo por trás da pesquisa de Abstract-Wege e interrompem as operações diárias ocupando a biblioteca da universidade. Phoebe viaja para uma conferência em Gdask, Polônia com seu colega Julius Kelp para decifrar o segredo por trás do apocalipse iminente. O tempo está se esgotando. O Dia do Julgamento está amanhecendo.

A GRANDE MURALHA VERDE
The Great Green Wall | Dir.: Jared P. Scott | Reino Unido | 2019 | 92 minutos |Documentário | 12 anos [Disponível até 600 visualizações]
Sinopse: Com produção-executiva de Fernando Meirelles, o filme acompanha Inna Modja, cantora e ativista do Mali, em uma jornada épica pela Grande Muralha Verde da África ? uma ambiciosa iniciativa para fazer crescer um “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente para restaurar a terra e fornecer um futuro para milhões de pessoas. Atravessando Senegal, Mali, Nigéria, Níger e Etiópia, Modja segue a crescente Grande Muralha Verde pela região do Sahel, um dos lugares mais vulneráveis da Terra, onde as temperaturas estão subindo 1,5 vezes mais rápido que a média global, revelando as graves consequências da degradação severa do solo e da aceleração da mudança climática. A muralha visa combater o aumento da desertificação, da seca, da escassez de recursos, da radicalização, dos conflitos e da migração.

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