Os 1970s que Amamos (#13)
Liberdade para as Borboletas (Butterflies are Free, 1972)
Por André Pinto | 12.05.2021 (quarta-feira)
Don Baker (Edward Albert) é um deficiente visual que decide sair da influência superprotetora da mãe (Eileen Heckart, espetacular em uma performance premiada com Oscar) e ir morar sozinho num flat compartilhado em São Francisco. Lá conhece a bela jovem Jill Tanner (Goldie Hawn), que causará muitos conflitos com a mãe do rapaz.
É o tipo de produção que poderia cair na armadilha do teatro filmado (o material é baseado numa peça de Leonard Gershe), mas o diretor Milton Katselas usa de forma eficiente pequenos planos-sequência que favorecem os diálogos e a dinâmica dos personagens. Se tornou o veículo perfeito para a estrela Goldie Hawn, e destacou o carisma de um ator novato, Edward Albert.
Mas é Eileen Heckart, a supermãe, que brilha e rouba todas as cenas. O supra sumo do texto afiado é reservado à personagem, que se sobressai não só como uma antagonista, mas principalmente como uma voz que arranca o jovem casal de suas bolhas para o mundo real e complicado da relação a dois.
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