— com informações da assessoria da Fundação Joaquim Nabuco

Mais do que os números superlativos da programação, o Cinema da Fundação, nesta sua 26º edição da tradicional ‘Expectativa/Retrospectiva’, quer promover a alegria do encontro presencial pelo cinema. 

A seleção do evento antecipará inéditos desejados – como o novo Sofia Coppola – Priscilla (quarta-feira, 20/12) – e traz de volta títulos incontornáveis do ano que encerra – como Mato Seco em Chamas, de Adirley Queiroz, e Os Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese.

A propósito do mestre nova-iorquino, resgatamos outra obra-prima da sua coleção: Os Bons Companheiros (1990) para projetar em duas sessões (seg., 11/12 às 16h e dom., 17/12, às 14h30 no DERBY). A exibição será no formato profissional, DCP, assim como outros clássicos que amamos da Warner Bros.: Casablanca, de Michael Kurtz (1942) – sessões dom. 10/12, 14h30 e seg., 11/12 às 14h no DERBY – e O Iluminado (1980), de Kubrick, com sessões Sex., 15/12, 20h e seg., 18/12, às 14h20 no DERBY).

O filme ‘Priscilla’ (2023), dirigido por Sofia Coppola, é um dos destaques da mostra. Lançado no Festival de Veneza deste ano, o filme narra o relacionamento conturbado entre Priscilla Beaulieu e Elvis Presley.

A grande estrela, entretanto, neste ano serão os encontros entre os nossos espectadores, realizadores, atores produtores e pesquisadores. Oito debates e uma Masterclass do cineasta Daniel Bandeira (12/12, às 18h, sobre o Mercado de Cinema de Gênero) vão reunir nomes como Fernando Monteiro, Kleber Mendonça Filho, Maeve Jinkings, Silvana Meireles, Renata Pinheiro, Nash Laila, Zezita Matos, Alexandre Figueirôa, Amanda Gabriel, Taciano Valério, Sérgio Oliveira e Yuri Lins entre outros. 

O escritor, dramaturgo e cineasta Fernando Monteiro é destes tesouros que o Nordeste brasileiro produz encantando todo o país com a sua produção criativa. Prestes a completar 75 anos, Monteiro assinou cerca de 15 documentários, sobretudo na década de 1970. Mais conhecido pelo icônico “Visão Apocalíptica do Radinho de Pilha”, o realizador terá quatro de seus títulos projetados no formato analógico original (16mm) – quinta, 14/12, às 19h40 – numa modesta homenagem produzida pela Expectativa/Retrospectiva. 

Após a exibição dos curtas Bumba Meu Boi da Vida (1977); Cultura Marginal Brasileira (1972); Escuriais Rústicos (1976); Brennand: Sumário da Oficina pelo Artista (1977, exibido no Festival de Brasília), Fernando Monteiro estará no Cinema da Fundação para um bate-papo. O acervo em 16mm foi disponibilizado pela Coordenação-Geral de Estudos da História Brasileira (Cehibra) da Fundaj.

A mostra ‘Expectativa/Retrospectiva’ prestará uma homenagem ao poeta e cineasta Fernando Monteiro, exibindo quatro de seus filmes em película 16mm

Na mesma vibração de olhar para trás para repensarmos o presente, a mostra abre espaço para homenagear os 100 anos do mais prolífero dos Ciclos Regionais da década de 1920 no Brasil: o Ciclo do Recife.

Em três sessões espalhadas pelos cinemas do DERBY (sex., 8/12 às 19h30), MUSEU (sáb., 16/12, às 14h30) e PORTO (qua., 20/12, às 19h), serão exibidos, pela primeira vez no formato DCP (produzidos pela Cinemateca Brasileira) os filmes Revezes (1927), Retribuição (1924), Aitaré da Praia (1926) e A Filha do Advogado (1927). A sessão no DERBY será seguida por um debate com o pesquisador Alexandre Figueirôa.

Ainda do período silencioso, a Expectativa/Retrospectiva dá um presente aos cinéfilos que nunca tiveram a oportunidade de ver a revolucionária obra de Abel Gance, Napoleão (1927), numa tela de cinema. Em cópia digital, será possível perceber toda a magnitude que Gance estabeleceu por variadas técnicas para contar a história do ícone francês. Com 5h30 de duração, o filme culmina na sequência final do tríptico, de vinte minutos, que alterna imagens sugerindo múltiplos planos projetadas em três telas diferentes. Prepare-se para essa experiência. A sessão será apresentada pelo pesquisador Yuri Lins (que é também coroteirista de Fim de Semana no Paraíso Selvagem, de Pedro Severien /Severino, que exibe a partir da quinta, 7/12, no Cinema da Fundação/PORTO).

Um dos filmes incontornáveis de 2023, ‘Mato Seco em Chamas’, dirigido por Adirley Queirós,, será exibido como parte da retrospectiva.

25 ANOS – Como começou o Cinema da Fundação? Quatro dos responsáveis – Silvana Meireles, Kleber Mendonça Filho, Luiz Joaquim e o projecionista Joselito Gomes – que, em 1998, desenvolveram, administraram e operacionalizaram aquilo que viria a se tornar o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco estarão na sala do DERBY – terça, 19/12, às 18h – para contar essa história e rememorar momentos marcantes ao longo deste últimos 25 anos fundamentais na formação cinematográfica dos pernambucanos.

Para esquentar o debate, a mostra exibe um dos mais elogiados filmes de 2023, Retratos Fantasmas (terça, 19/12, 16h10, no DERBY), no clima de torcida para sua seleção ao Oscar 2024.

Celebrando também os 25 anos do Cinema da Fundação teremos duas sessões especias de O Doce Amanhã, do canadense Atom Egoyan, que levou o Grande Prêmio do Júri, o prêmio da crítica e o prêmio Ecumênico em Cannes 1997. O filme exibiu na mostra Retrospectiva da Fundaj em dezembro de 1998, há exatos 25 anos. As sessões ocorerrão no dom., 10/12 às 14h20 no MUSEU e no sábado 16/12 às 18h20 no DERBY.

10 ANOS – Quem também vai abrilhantar a Expectativa/Retrospectiva é Maeve Jinkings que estará junto aos realizadores Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, além da atriz Nash Laila na terça-feira, 19/12, às 19h30 (DERBY), para sorrir e compartilhar conosco sobre os detalhes de Amor, Plástico e Barulho, icônica produção pernambucana sobre a cena techno-brega local que completa 10 anos neste 2023.

Um dia antes, segunda-feira, 18/12, às 19h20 (DERBY), Maeve, generosamente estará também conosco, desta vez para um debate pós-sessão de Pedágio (2023), filme de Carolina Markowicz que vem encantando o mundo.

‘Os Bons Companheiros’ (1990), cultuado filme de Martin Scorsese, é um dos destaques da mostra de clássicos e será exibido em DCP. Além disso, o mais recente trabalho do diretor, ‘Assassinos da Lua das Flores’ (2023), também está na seleção.

Não tão conhecido quanto Amor, Plástico e Barulho, mas igualmente marcante na data de seu lançamento, também há 10 anos, é Ferrolho, obra de Taciano Valério totalmente rodada em Caruaru e que ganhou o mundo pelo Mostra de Cinema de Tiradentes. No filme, somos apresentados ao talento de Taciano com inspiração explícita no Cinema Marginal dos anos 1960. A partir de seu personagem título, torcedor do time de futebol Central, vemos acontecimentos vivenciados nos interiores das casas da cidade. A sessão será seguida de debate com Taciano Valério, Zezita Matos e Paulo Phelippe. 

40 ANOS – Um fundamental filme brasileiro completa não 10 mas 40 anos neste 2023: Inocência (1983) foi adaptado para o cinema por Walter Lima Jr. a partir da obra literária de Visconde de Taunay por um roteiro desenvolvido por Lima Barreto (diretor de “O Cangaceiro”, 1953) e tendo lançado no cinema a atriz Fernanda Torres, aos 18 anos de idade. A Expectativa/Retrospectiva faz uma pequena homenagem a Walter Lima Jr., esse gigante do cinema nacional, com 85 anos recém-completos, exibindo o também seu A Ostra e O Vento (1997), filme que, por sua vez, lançou no cinema a atriz Leandra Leal aos 14 anos de idade.

Na celebração dos 10 anos de ‘Amor, Plástico e Barulho’, a mostra Expectativa/Retrospectiva trará exibição e debate com os diretores Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira, acompanhados pelas atrizes Maeve Jinkings e Nash Laila.

Veja os detalhes de todas as sessões pela grade de programação clicando aqui .

NUMEROS

130 sessões

47 filmes (37 longas-metragens, 2 médias e 8 curtas)

14 países

14 dias

8 debates

1 Masterclass

LISTA DE FILMES (os filmes sublinhados terão sessão gratuita)

Pedágio (Bra. 2023) 

Puan (Arg. 2023)

Revezes (Bra, 44’, 1927)

Retribuição (Bra., 30’, 1924)

Noites Alienígenas (Bra. 2023)

Casablanca (EUA, 194?)

Os Assassinos da Lua das Flores (EUA, 2023)

Os Bons Companheiros (EUA, 1990)

Holy Spider (Jordânia, Sue., Fra., Ita., Din., Ale., 2022)

A Praga (Bra. 2023)

Propriedade (Bra., 2023)

Bumba Meu Boi da Vida (1977)

Cultura Marginal Brasileira (1972)

Escuriais Rústicos (1976)

Brennand: Sumário da Oficina pelo Artista (1977)

Ferrolho (Bra., 2013)

O Iluminado (EUA, 1980)

O Doce Amanhã (Can., 1997)

Inocência (Bra., 1983)

A Ostra e O Vento (Bra., 1997)

Retratos Fantasmas (Bra., 2023)

Amor, Plástico e Barulho (Bra. 2013)

Priscilla (EUA, 2024)

Pele (Bra., 2023)

Mato Seco em Chamas (Bra., 2023)

Monster (Jap. 2023)

Nelson Pereira dos Santos (Bra. 2023)

Durval Discos (Bra, 2003)

A Sociedade da Neve (Chi., Esp., Uru., EUA, 2023)

As Oito Montanhas (Ita., Bel., Fra., RU, 2022)

O Triângulo da Tristeza (Sue, Ing. Ale. Fra. Gre, Tagalo, Acã, 2022)

Cafi (Bra, 2023)

Softie (Fra., 2021)

Fim de Semana no Paraíso Selvagem (Bra. 2023)

Maestro (EUA, 2023)

Eo (Pol., Ita., RU., 2023)

Bizarros Peixes das Fossas Abissais (Bra. 2023)

Oldboy (Cor. do Sul, 2003)

Folhas de Outono (Fin., Ale., 2023)

CHAMA CURTAS – Larissa Sansour x 4 (Palestina)

Disco Boy: Choque entre mundos (Fra. Ita. Bel. Pol., 2023)

A Filha do Advogado (Bra, 1927)

Aitaré da Praia (Bra., 1926)

Napoleão (Fra., 1927)