Longlegs: Vínculo Mortal (texto #2)
Quebra-cabeça light superestimado
Por Luiz Joaquim | 29.08.2024 (quinta-feira)
Eivado pelos números da performance no mercado norte-americano – custou 10 milhões de dólares, rendeu 100 milhões – e pelo boca-a-boca inflado de fãs de filmes de horror dos EUA, Longlegs: Vínculo mortal (Longlegs, Can./EUA, 2024), de Osgood Perkins, chegou ontem (28) por aqui sob grande expectativa dos fãs de filmes de horror do Brasil.
Uma vez submetido a estes últimos, deverá passar pelo escrutínio com folga, o que necessariamente não significa (com todo o respeito) que Longlegs seja uma obra-prima. Talvez, no máximo, seja um filme curioso a ser visto em 2024 dentro de seu gênero.
Na historinha, Maika Monroe (concentrada) é Lee, a jovem agente do FBI com qualidades psíquicas que se destaca por antever, ou pressentir algo, o que lhe ajuda a destrinchar códigos cifrados.
Ela é a designada para investigar o serial killer que se apresenta como longlegs (Nicolas Cage, sob pesada maquiagem cuidadosamente sebosa).
Cage deita e rola na brincadeira de viver o lelé que crê obedecer ao cramunhão para cometer suas atrocidades. Maika (mais uma vez) concentrada, nos entrega uma agente igualmente esquisita, cujo resultado conflue bem para o que o filme quer nos explicar ao final.
O diretor e roteirista Perkins sabe construir uma narrativa de maneira não usual, e isso não é simples de fazer sem que o espectador perca o fio da meada. Entretanto, não é suficiente para estabelecer a maestria de um filme.
Longlegs não é maestral. Ele só não é trivial. O que se apresenta, vale dizer, como um lucro se considerarmos a maioria do que recebemos, nos dias de hoje, do cinema mainstream norte-americano.
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