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Festivais

48º Mostra SP (2024) – Coletiva

Renata de Almeida anuncia programação da edição 2024, com mais de 400 filmes e início em 17 de outubro

Por Mariana Rizzuto | 05.10.2024 (sábado)

Na imagem em destaque, o filme “Anora” (2024), dirigido por Sean Baker, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.

Foi hoje pela manhã hoje (5) a coletiva de imprensa da Mostra Internacional de Cinema São Paulo, no Espaço Cinema Augusta – Anexo (antigo Espaço Itaú Augusta). Esta 48º edição conta com o apoio e patrocínio da SPCine e SESC.

A diretora Renata Almeida, que há anos seleciona e orquestra esse evento que reúne títulos do mundo inteiro com suas devidas condecorações, se mostrou feliz com o resultado da construção ao longo do tempo da mostra, cujo foco será no cinema indiano com a exibição de filmes contemporâneos e pós-coloniais. Além disso, contaremos com a Mostrinha, uma edição voltada para trazer conteúdos ao público infantil. Inclusive a abertura da Mostra ao público geral será com a animação brasileira Arca de Noé, com direção de Alois Di Leo, Sérgio Machado e coprodução indiana.

Renata ainda falou sobre a mostra ser um espaço assim como o cinema funciona, de reflexão. Permitir que isso seja possível e diálogos possam ser feitos, ainda que haja discursos, ideologias diferentes há lugar para todos. Como o caso da presença de filmes tanto israelenses quanto palestinos.  Outro exemplo, que podemos citar que abarca este cenário é o filme exibido logo na sequência da coletiva, Anora (2024) dirigido por Sean Baker, que recebeu em maio último a Palma de Ouro em Cannes.

Pôster oficial da 48º Mostra Internacional de Cinema São Paulo

A escolha deste filme representa a liberdade de poder falar de minorias, que em sua maioria são desprezadas pela sociedade. É mostra que todos vivem seus sentimentos, suas aflições e sonhos como qualquer um. A sinopse trata de Anora, ou Ani como gosta de ser chamada, e trabalha como stripper e garota de programa. Ela conhece um cliente, chamado Ivan, que é filho de figuras importantes na Rússia, um ramo oligárquico e que é deverás mimado, inconsequente e vive se colocando em situações caóticas, comprometedoras aos olhos da família, que fazem de tudo para manter a imagem perfeita.

Anora acaba se envolvendo e criando um laço com o rapaz, que jura estar apaixonado e a pede em casamento em Las Vegas, e que acabam selando a união na própria cidade de Nevada nos EUA. Obviamente, quando a família descobre tal feito, a confusão é instaurada e a partir daí, começa uma corrida para colocar um fim em toda essa situação.  Anora, o filme, claramente fala sobre a era dos amores líquidos e como tudo é efêmero e num segundo não existe mais nada. E com toques de humor acaba tratando um assunto sério, denso e que não é fácil de ser falado, com ares de sensibilidade e que promovem uma profunda reflexão quando a tela preta surge com os créditos.

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